O procedimento macabro era utilizado em operações cirúrgicas e odontológicas
Brincadeiras com óxido nitroso, conhecido popularmente como “gás do riso”, são comuns desde o início do século 19. Durante festas, anfitriões e convidados inalavam a substância para ficarem felizes, algo muito recorrente, ainda, nos dias atuais.
Durante uma festa, em 1844, o dentista americano Horace Wells (1815-1848) descobriu que o óxido nitroso tinha efeitos anestésicos. Ao decorrer do evento, o especialista ficou chocado ao perceber que um dos convidados havia caído e quebrado as canelas, no entanto, a surpresa se deu pelo fato que o rapaz continuou dando risada, sem aparentar sentir dor.
Ao observar este episódio insólito, Horace Wells pensou em experimentar a substância como anestesia em procedimentos odontológicos. No entanto, após utilizar o gás do riso em uma demonstração pública, foi zombado pela multidão, uma vez que o paciente sentiu fortes dores durante a extração de seu dente. Wells havia aplicado uma dose muito fraca.
No entanto, os créditos para o uso do gás do riso para fins cirúrgicos é do médico americano Crawford Long (1815-1878). Assim como Wells, Long teve essa ideia durante uma festa, em sua escola de medicina. Diferente do dentista, o médico utilizou o éter como fórmula secreta.
Em um primeiro momento, Long realizou este procedimento em operações simples, até que, em 1849, ele amputou o dedo do pé de um garoto. Long manteve sua experiência em sigilo absoluto até 1849, quando divulgou os resultados da cirurgia. Já o dentista americano, William Morton (1819-1868), aluno de Horace Wells, realizou a primeira extração dentária bem sucedida utilizando éter.
Até 1921, a comunidade científica e médica divergia sobre o criador da anestesia, até que o American College of Surgeons patenteou Long como o pioneiro. Hoje em dia, o éter e o óxido nitroso não são mais utilizados em operações, pois apresentam riscos para a saúde.
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