Antes de ser o centro do capitalismo, Wall Street protegeu holandeses de índios
Patrícia Junqueira Publicado em 04/01/2019, às 13h00
Há mais de dois séculos, Wall Street é o principal endereço do mercado financeiro no mundo. Nem sempre foi assim. Houve um tempo em que ela correspondia apenas a sua tradução literal: a Rua do Muro. Por volta de 1640, os holandeses que dominavam Nova Amsterdã, uma vila com 270 moradores, ergueram uma barreira contra ataques dos índios.
Os colonizadores só não contavam com a astúcia dos rivais ingleses, que, pelo mar, tomaram o lugar em 1664 e o rebatizaram de Nova York. Ao longo da barreira encontrada, os britânicos construíram Wall Strett. A muralha caiu em 1699, mas o nome ficou. A princípio, o lugar era cenário para negociação de contratos de navegação. A venda de títulos e ações só começou no século 18.
Em 1792, para organizar as transações, 24 corretores assinaram um tratado que definia regras e tarifas. O acordo recebeu o nome da árvore do fim da rua: Buttonwood (plátano). Nascia a Bolsa de Valores de Nova York. Fortunas surgiram e desapareceram em Wall Street.
A crise de 1929 trouxe para o endereço uma péssima fama, que perdurou até os anos 50. "Só então as pessoas voltaram a pensar na rua como um lugar para se ficar rico", afirma o historiador Steve Fraser, autor de Wall Street: Americas Dream Palace ("O palácio do sonho americano", sem tradução). Com a crise de outubro passado, a pecha voltou. "Agora a opinião popular é a pior possível", diz Fraser. Com a imagem pública, despencou também o valor dos imóveis na região: no último ano registrou-se uma desvalorização de 8,8%.
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