Pu Yi, Pedro o Grande e Pedro II durante a infância - Domínio público/Bain News Service/desconhecido; Wikimedia Commons/Félix Émile Taunay
Monarquia

Veja 5 crianças monarcas que entraram para a História

De Tutancâmon a Dom Pedro II, conheça as histórias de cinco monarcas que ascenderam ao trono ainda durante a infância

Giovanna Gomes Publicado em 12/10/2024, às 12h33

Diversas foram as vezes na história em que crianças assumiram o trono como monarcas. Do rei Tutancâmon no antigo Egito a Dom Pedro II, esses jovens governantes enfrentaram, em muitos casos, intensas lutas pelo poder e turbulências políticas, enquanto outros mostraram habilidades de liderança notáveis, implementando reformas transformadoras.

Confira a seguir cinco monarcas que assumiram o trono ainda criança:

1. Tutancâmon

O "Rei Menino", como ficou conhecido, tornou-se o 13º faraó da 18ª dinastia egípcia aos 9 anos, sucedendo seu pai, Akhenaton. Apesar da pouca idade, foi guiado por conselheiros de influência, como o general Horemheb e o grão-vizir Ay.

Como destacou o portal History Hit, Tutancâmon foi responsável por reverter algumas decisões controversas de Akhenaton, restaurando práticas religiosas tradicionais e reparando templos danificados. Governou por quase uma década até sua morte precoce, aos 18 ou 19 anos.

Representação do Faraó Tutancâmon / Crédito: Getty Images

2. Maria Stuart

Maria Stuart tornou-se rainha da Escócia com apenas seis dias de vida, após a morte de seu pai, Jaime V. Enquanto ela crescia na França, seu reino era governado por regentes, incluindo sua mãe. Prometida a Francisco, o futuro rei francês, casou-se aos 15 anos, mas acabou ficando viúva dois anos depois.

Aos 18 anos, voltou à Escócia e assumiu o trono. No entanto, enfrentou intrigas religiosas e políticas, que se agravaram após mais dois casamentos: um com Lord Darnley, que morreu assassinado pouco depois, e outro com o Conde de Bothwell — que era suspeito da morte do primeiro, motivo pelo qual os nobres escoceses se voltaram contra Maria Stuart. Assim, a rainha foi forçada a abdicar em favor de seu filho Jaime.

Maria da Escócia entre 1555 e 1559; à direita, a rainha já adulta / Crédito: Wikimedia Commons/François Clouet e Domínio público

 

Em busca de ajuda, buscou refúgio na Inglaterra, onde acabou presa e, em 1587, foi executada, já que sua prima, Elizabeth I, a via como uma ameaça para o trono.


3. Pedro, o Grande

Assumindo o trono russo aos 10 anos, Pedro tornou-se um dos mais visionários czares da Rússia. Conhecido por suas reformas, ele modernizou o país com inspirações ocidentais, mudando costumes, moda e até estabelecendo uma nova capital, São Petersburgo. Sua liderança fortaleceu a Rússia militarmente, consolidando o império como uma potência europeia.

Pedro quando criança e adulto / Crédito: Domínio público e Wikimedia Commons/Jean-Marc Nattier

4. Pu Yi

Pu Yi ascendeu ao trono como o último imperador da China aos 2 anos em 1908, encerrando a dinastia Qing. Com a queda do Império três anos depois, viveu por um período na Cidade Proibida até ser expulso e refugiar-se no Japão.

Em meio a conflitos globais, foi restaurado como imperador-fantoche na Manchúria ocupada. Capturado pelos russos após a Segunda Guerra Mundial, voltou à China como prisioneiro de guerra. Anos mais tarde, foi perdoado e viveu como jardineiro até sua morte em 1967.

Pu Yi criança (em pé) junto ao pai e ao irmão mais novo; Pu Yi já adulto / Crédito: Getty Images

5. Dom Pedro II

Último imperador do Brasil, Dom Pedro II tinha apenas 5 anos quando seu pai, Pedro I, abdicou do trono. Como era de se imaginar, uma criança de tal idade não poderia cuidar de um país como rei absoluto.

Assim, o Brasil seria comandado por regentes até que o herdeiro completasse 18 anos. No entanto, uma série de revoltas ocorreram em várias regiões na época, e, então, surgiu a ideia de que um soberano poderia trazer equilíbrio para o país.

Era 23 de julho de 1840 quando o jovem príncipe Pedro II, então com 14 anos, foi considerado maior de idade, tornando-se assim imperador do Brasil, por meio do que ficou conhecido como Golpe da Maioridade.

Pedro II em quadro de 1838 e em fotografia de 1876 / Crédito: Wikimedis Commons/Félix Émile Taunay/Mathew Brady

 

O governo de Pedro II foi marcado pela Guerra do Paraguai, o maior conflito armado da história da América do Sul, e também pela escravidão, que chegou ao fim apenas em 1888. No ano seguinte, o imperador foi deposto com Proclamação da República, exilando-se na Europa, onde morreu em 1891.

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