Em meio à crise do coronavírus, uma das mulheres mais ricas do Brasil não hesitou em juntar forças para ajudar a população
Alana Sousa Publicado em 08/03/2021, às 17h00 - Atualizado às 18h15
Empresária e uma das mulheres mais ricas do Brasil, Luiza Helena Trajano, 69 anos, seria uma brasileira para se admirar apenas por isso. Porém, a presidente da rede de lojas Magazine Luiza se destaca também por seus esforços durante a pandemia do coronavírus, que já causou a morte de 265 mil pessoas no país.
Eleita a mulher mais rica do Brasil em 2020 pela revista Forbes, Trajano possui uma fortuna de US$ 4,9 bilhões, de acordo com um levantamento do veículo de negócios. Mas sua influência vai muito além da economia, Luiza se mostrou feroz no combate aos danos causados pela doença que assola o mundo.
Apesar de ter anunciado no mês passado um projeto para a vacinação em massa da população brasileira, as medidas tomadas pela empresária começaram lá atrás, ainda no primeiro ano da pandemia.
“Temos que trabalhar muito forte para isso”, disse Trajano em fala repercutida pelo jornal O Globo. A figura por trás da Magalu enfatizou em reunião a importância da imunização para uma recuperação significativa da economia.
Com objetivo claro de trazer o máximo de doses de vacina para o Brasil, o primeiro passo de Luiza foi contatar os grupos empresariais, os quais está mais próxima. Um deles foi o Grupo Mulheres do Brasil, que contempla 75 mil mulheres sob sua liderança.
O outro, tão importante quanto, foi o Instituto de Desenvolvimento do Varejo, responsável por agregar grandes marcas presentes em solo nacional, como a Renner, a Avon e o Boticário. O convite para tais profissionais renomados da área foi aceito sem hesitação.
Era clara a próxima etapa a ser seguida: Trajano precisava do apoio do governo federal. Para planejar tamanha ação, as autoridades precisam estar de acordo e, mais ainda, demonstrar vontade de participar do projeto ambicioso.
Em entrevista à revista ELA, a empresária disse: “Nossa ideia era somar. Fomos oferecer ajuda”. A reunião decisiva foi feita com Walter Braga Netto, Ministro da Casa Civil, Paulo Kakinoff e Walter Schalka, das companhias Gol e Suzano, respectivamente.
Com o propósito principal de vacinar entre 60% e 70% da população até setembro, Luiza deu detalhes de seu grande plano: utilizar a rede pública, facilitar o acesso e distribuição para pessoas e priorizar grupos mais vulneráveis.
Nasceu então, no fim de fevereiro, o Unidos Pela Vacina. O programa conta com o apoio de entidades sociais, empresários e artistas, todos por uma só finalidade: a vacina para todos. Aos poucos, o projeto está sendo abraçado pelos Estados do país, a esperança é que as negociações tanto com farmacêuticas quanto com o governo federal sejam facilitadas.
Hoje, quase um mês depois da primeira reunião virtual de Luiza Helena, o Unidos Pela Vacina conquistou importantes feitos rumo à vacinação em massa — como noticiou o jornal O Globo, no último domingo, 7 de março.
A lista é grande e conta com frigoríficos para armazenar as doses, aviões e caminhões para o transporte entre os Estados e, talvez o mais importante, interesse de produção por parte das farmacêuticas.
Quase dois meses após a aplicação da primeira vacina em São Paulo, há cerca de 3,5 milhões de imunizados, em comparação com outros países a quantidade é pouca e cresce em ritmo desacelerado.
A preocupação é enorme, a possibilidade de novas variantes surgirem com a demora da vacinação é real e provada por cientistas. “Cada prefeito está respondendo se tem a geladeira necessária, as seringas”, disse Trajano. Acrescentando que “teremos o mapeamento completo”.
Entre entregas de ar-condicionados e garantia de funcionários e locais para a aplicação das doses. Luiza Trajano mostra o que é fazer a diferença e usar sua plataforma para um bem maior. Sua ideia foi simplificada de maneira notável por uma fala dada ao jornal Tribuna do Norte: “Nosso foco é salvar vidas”.
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