Espalhando seus ideais através do Observatório Constitucional, Badaró foi alvo de um dos primeiros casos de impunidade do país
André Nogueira Publicado em 12/10/2019, às 09h00
Giovanni Battista Líbero Badaró foi um jornalista italiano erradicado no Brasil que foi assassinado em 1830, em plena crise política do Primeiro Reinado. Crise que se agravou com a morte do oposicionista, pois Badaró era uma importante figura na crítica aos acontecimentos políticos daqueles tempos através do jornal Observatório Constitucional.
O que se diz é que Líbero Badaró morreu pela defesa que praticava pela liberdade de imprensa contra os abusos da monarquia e da Constituição. Também teria sido executado por atacar a maior autoridade jurídica de São Paulo, Ladislau Japiaçu e os autoritarismos da província. Entretanto, muitos historiadores discutem que Dom Pedro I estaria envolvido no crime.
O que se sabe é que na noite de 20 de novembro de 1830, quando voltava para casa, o jornalista foi abordado por quatro alemães que o atacaram com um bacamarte, que o levou à morte. Dizem que, no leito da morte, bradou “Morre um liberal, mas não a liberdade”.
O primeiro assassinato de um membro da imprensa por atuação midiática da história do Brasil gerou revolta, e seu enterro foi gigante. O povo queira justiça por Badaró, mas a conivência dos tribunais com a impunidade do ouvidor Japiaçu aumentou ainda mais as suspeitas de que Pedro I poderia ter encomendado essa morte. Somente Henrique Stock, um dos alemães, foi preso.
O caso abalou ainda mais a credibilidade política do governo de Dom Pedro, que já via seu prestígio decaindo há tempos. Cada vez mais, era clara a postura autoritária do monarca, que no ano seguinte abdicou o trono e voltou a Portugal como liberal constitucionalista.
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