Acusado de problemas com agiotagem, o artista assumiu, em seus anos finais, que não sabia lidar com os bons salários
Redação Publicado em 13/10/2022, às 18h00
As tardes da TV Globo contam agora, em sua programação, com um clássico da teledramaturgia ocupando o bloco 'Vale a Pena Ver De Novo'; entra no ar, substituindo 'O Cravo e a Rosa', a novela 'Chocolate com Pimenta'.
Em ambas, no entanto, é possível ver uma figurinha conhecida das novelas brasileiras que já não está entre nós, mas ganha sobrevida com as reprises. O ator Cláudio Corrêa e Castro figura, na reprise atual, o cômico banqueiro Conde Klaus Von Burgo e, na anterior, vivia o agiota Normando Castor.
Além das duas obras que esbanjam humor, o artista esteve em outros sucessos de audiência da emissora carioca, como 'O Rei do Gado', 'Vale Tudo' e 'O Dono do Mundo', este último rendendo-lhe o Troféu da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) como melhor ator coadjuvante de 1991.
Se engana, no entanto, quem acredita que o sucesso, capaz de atravessar sua própria vida — que se encerrou há 17 anos, em 16 de agosto de 2005 —, reverberou no sucesso da vida pessoal; longe do destaque e luxo que ostentou com diversos personagens, o ator faliu no fim da vida, tendo de recorrer até mesmo a auxílio para sobreviver.
Até mesmo em seus anos finais, o ator ainda compunha elencos de novelas de sucesso, sendo o advogado Afonso em 'Senhora do Destino', de 2004, e no mesmo ano ainda fez Gamaliel no filme 'Irmãos de Fé', sucesso de bilheteria com 966 mil espectadores ao contar com o Padre Marcelo Rossi no elenco, como noticiou a Folha de S. Paulo.
Mesmo assim, estava sem ter onde morar desde o ano anterior, tendo de se mudar para o Retiro dos Artistas. Ainda em 2003, ele havia se separado da esposa Mirian Ayres, com quem estava casado há 20 anos, mas que sofreu com acusações da ex-companheira à imprensa na época, que apontou que o ator estava sendo perseguido por agiotas.
Além disso, os papéis se tornaram ainda mais difíceis naquele ano devido ao agravamento de uma hérnia de disco, quase fazendo com que ele perdesse o movimento das pernas. Devido a dificuldade de locomoção, o Retiro pôde acolhê-lo sem dinheiro e ainda oferecer os cuidados necessários para sua saúde.
De acordo com o UOL, ele assumiu a dificuldade no ano da mudança: “Sou péssimo administrador. Ganhei muito bem, mas não soube controlar meu dinheiro. Comprava tudo sem pensar. Nunca soube dizer não. As dívidas são as únicas coisas que me atormentam".
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