Encontrados no sítio arqueológico de Betsaida, em Israel, os jovens estavam deitados abraçados como os personagens de Shakespeare
Redação Publicado em 01/06/2021, às 10h16 - Atualizado em 01/09/2022, às 17h44
Conhecida no mundo todo, a peça Romeu e Julieta, do inglês William Shakespeare, é uma das mais importantes obras já realizadas e também uma das que receberam mais adaptações ao longo da história.
Escrito no século 16, o clássico retrata o amor proibido de um casal cujas famílias possuem um histórico de rivalidades. E, claro, como você deve se lembrar, não há, nesta cativante obra, um final feliz. Ao menos a morte precoce e melancólica do casal apaixonado é capaz de unir seus familiares após tantos anos de desavenças.
Muitos anos depois da estreia da peça, pesquisadores da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, encontraram os restos mortais de uma dupla enterrada há cerca de 3 mil anos. Como estavam abraçados de maneira semelhante aos personagens de Shakespeare, logo, os profissionais os chamaram de "Romeu e Julieta".
A descoberta se deu no sítio arqueológico de Betsaida, em Israel, no ano de 2010, mas foi revelada a público somente dez anos depois.
A equipe de arqueólogos que trabalha nas escavações do local acredita que os dois morreram ao mesmo tempo. No entanto, não é possível afirmar com exatidão a causa da morte. Muito provavelmente, os jovens, que foram enterrados no século 12 a.C, viviam no reino bíblico de Geshur.
Conforme disseram os pesquisadores, os indivíduos eram dois adolescentes, sendo que o rapaz e a moça tinham, 17 e 14 anos, respectivamente, na data de sua morte.
“Esse tipo de sepultamento é extremamente raro em descobertas arqueológicas”, declarou, em comunicado, Rami Arav, diretor de escavações e professor de religião e filosofia da universidade. “Ainda temos muito que aprender sobre esses dois,” prosseguiu.
Além disso, o pesquisador ressalta que não é possível afirmar que os jovens eram um casal romântico. Conforme Arav declarou ao Live Sciente, "a 'posição de conchinha' foi feita pelas pessoas que os enterraram." Assim, "talvez elas soubessem da história dos dois".
Para descobrir a real história dos jovens, os cientistas declararam, então, que seria preciso primeiro a investigar a causa da morte do casal, além de realizar análises do DNA dos dois.
A expectativa é que, com o financiamento do estudo, Israel Hershkovitz, da Universidade de Tel Aviv, conduza os novos procedimentos das pesquisas.
Segundo declarou Arav, “embora seja intrigante", os cientistas não têm ideia "de quem era esse casal ou por que eles foram enterrados juntos”. As respostas devem começar a surgir em breve, com o avanço dos estudos.
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