Morte de Philip foi anunciada nesta sexta-feira, 9; ao lado da rainha, vivenciou um duradouro relacionamento
Caio Tortamano Publicado em 03/05/2020, às 10h00 - Atualizado em 09/04/2021, às 09h01
Na manhã da sexta-feira, 9, a família real anunciou oficialmente a morte do Príncipe Philip, Duque de Edimburgo e marido da Rainha Elizabeth II. Aos 99 anos de idade e casado com monarca há 73 anos, já eram um dos casais mais duradouros da História.
"É com profunda tristeza que Sua Majestade, a Rainha anunciou a morte de seu amado marido, Sua Alteza Real, o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo. Sua Alteza Real faleceu pacificamente esta manhã no Castelo de Windsor", anunciou a conta oficial da Família Real através das redes sociais.
Quando tinha apenas 13 anos, Elizabeth II confessou estar apaixonada por um rapaz que conheceu em julho de 1939, na Universidade Real da Marinha. Esse jovem era ninguém menos que Philip da Grécia e Dinamarca, que tinha 18 anos na época.
Tempos depois, os dois começaram a trocar cartas e em 1946 tornaram-se noivos, quando Philip pediu a mão da moça, que tinha 20 anos, em casamento para o pai, o Rei George VI. O monarca aceitou, contanto que o pedido fosse oficializado somente quando sua filha completasse 21 anos. Assim aceitaram a condição.
Em 9 de julho de 1947, foi oficialmente anunciado que o jovem casal se casaria na Abadia de Westminster, assim como todos os outros nove casamentos de membros da família real, que também haviam sido realizados no mesmo local.
A princesa Elizabeth casou-se na companhia de oito damas de honra, sendo a Princesa Margaret — sua irmã — uma delas, e outras primas suas, de Philip e conhecidos da família. Os pajens foram seus primos William e Michael. O padrinho foi o Marquês de Milford Haven, primo em primeiro grau de Philip.
O vestido de Elizabeth foi financiado com cupons de racionamento. Diante do contexto da guerra, as produções dos países se voltavam para criação de armamentos. Assim, o governo distribuía cupons que serviam como vale-troca para itens específicos, como se fosse dinheiro.
Dessa maneira, Elizabeth conseguiu custear a confecção de seu vestido, feito pelo designer Norman Hartnell. Os sapatos da atual rainha foram feitos de cetim, com detalhes em prata e com pérolas. A maquiagem quem fez foi a própria noiva, e o buquê que carregava tinha um raminho de murta.
Suas joias renderam boas histórias para a posteridade. No dia do casamento, pouco antes de partir para a abadia, ainda no Palácio de Buckingham, sua tiara estourou. O joalheiro da corte, que estava de prontidão para resolver os imprevistos, foi chamado e escoltado para reparar a peça a tempo da celebração.
Como se não bastasse a tiara, Elizabeth esqueceu um par de colar de pérolas, um presente do próprio pai, que deveria ser usado justamente na cerimônia.
Então, seu secretário pessoal, Jock Colville, foi até o Palácio de St. James — uma antiga residência real — e levou para a princesa, pouco antes das fotos oficiais que iria tirar no dia.
O anel de casamento foi feito de ouro galês, extremamente raro de uma região específica ao norte do País de Gales. A música ficou sob o comando do maestro William Neil McKie, um dos mais prestigiados musicistas do mundo.
Títulos
Depois da cerimônia, os convidados de honra foram até o Palácio de Buckingham, onde puderam se deliciar com o bolo de frutas que levou mais de 600 ovos para ser feito.
Muitos dos ingredientes foram importados de fora da Grã-Bretanha, uma vez que o país ainda encarava os reflexos da Grande Guerra, que tinha acabado dois anos antes.
Para entrar na família real britânica e ser consolidado como britânico de fato, Philip abriu mão de seus títulos na Grécia e na Dinamarca, além de ter se convertido para o anglicanismo. Dessa maneira, pôde ser nomeado como Duque de Edimburgo, como é conhecido até hoje.
Elizabeth II é uma das monarcas a mais tempo no comando de uma nação de toda a história.
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