Zozibini Tunzi, a Miss Universo 2019 - Divulgação/Instagram
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Na História, apenas 5 mulheres negras foram coroadas no concurso Miss Universo

Com a recente coroação de Zozibini Tunzi, a representatividade aumentou, mas segue distante do ideal

Pamela Malva Publicado em 09/12/2019, às 16h59

Mais uma edição do Miss Universo chegou ao fim e, com ela, outra bela mulher foi coroada. Zozibini Tunzi, a Miss África do Sul, de 25 anos, ficou marcada na história do concurso como a terceira sul-africana a ganhar a tão desejada faixa do concurso.

Com essa conquista, a África do Sul empatou com o a Suécia, com três das meninas mais lindas do mundo. A primeira delas, Margaret Gardiner, venceu em 1978, quando tinha 18 anos. Quase 40 anos depois, a segunda sul-africana foi coroada: Demi-Leigh Nel-Peters, em 2017, com 22 anos.

Mesmo sendo a terceira do país a conquistar o primeiro lugar, Zozibini representa muito mais: ela é a primeira sul-africana negra a ser coroada. Junto dela, apenas outras quatro mulheres negras chegaram a receber a faixa de Miss Universo — sendo elas: Janelle Commissiong, em 1977, Wendy Fitzwilliam, em 1998, Mpule Kwelagobe, em 1999, e Leila Lopes, em 2011.

Janelle Commissiong, Wendy Fitzwilliam, Mpule Kwelagobe e Leila Lopes, respectivamente / Crédito: Reprodução/Instagram e Wikimedia Commons

 

Em contraposição, os Estados Unidos, país com minoria negra ou de descendência africana (em 2010, 12,2% dos americanos se identificaram dessa forma no Censo americano, feito a cada dez anos), já ganhou oito vezes, sendo quase todas as suas concorrentes brancas. Com esse número, o país é o maior vencedor das 68 edições do concurso.

Nesse sentido, desde sua criação e primeira edição em 1952, o concurso demorou 25 anos para coroar a primeira Miss Universo negra, Janelle Commissiong, de Trindade e Tobago. Dezoito anos depois, em 1995, a norte-americana Chelsi Smith foi a primeira mestiça a ganhar a coroa.

Chelsi Smith, a primeira mestiça coroada Miss Universo / Crédito: Reprodução/Instagram

 

Com a recente conquista de Zozibini, a porcentagem de negras ganhadoras do Miss Universo aumentou (7,35%), mas não chegou nem perto do ideal. Ao mesmo tempo que doze mulheres europeias já tenham sido consideradas as mais lindas do mundo, apenas cinco africanas chegaram a esse posto.

É por isso que, para a nova Miss Universo, ganhar a coroa vai muito além do prêmio ou do reconhecimento. Em seu Instagram, ela escreveu: “que toda garotinha que testemunhou esse momento acredite para sempre no poder de seus sonhos e que eles possam ver seus rostos refletidos nos meus”.


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