O rei Charles III precisou lidar com diversos obstáculos quando era criança, o que expôs em sua biografia de 1994
Ingredi Brunato Publicado em 30/01/2021, às 10h00 - Atualizado em 05/05/2023, às 10h04
Uma família que chama atenção nesta semana é a realeza britânica, que se prepara para a coroação do rei Charles III neste sábado, 6. Após a morte da rainha Elizabeth II, em setembro do ano passado, o rei assumiu o trono.
Neste sábado, 6, o mundo presenciará a coroação do rei na Abadia de Westminster, em Londres. No total, 2.200 convidados terão a chance de presenciar uma cerimônia realizada pela última vez pela monarquia britânica em 1953, quando Elizabeth II assumiu o trono. Mas como foi a trajetória de Charles bem antes de imaginar em assumir um cargo tão importante?
Quando a rainha Elizabeth II nasceu, ela não era a primeira na linha de sucessão do trono britânico, o que lhe deu a chance de ter uma infância mais próxima da normalidade.
Já o agora rei Charles não teve essa oportunidade. Ele veio ao mundo carregando o título de herdeiro direto do trono, portanto, foi colocado em um berço onde os membros da corte real pudessem dar uma olhada no bebê.
“Pobre rapaz, duas horas e meia depois de nascer, ele era olhado por estranhos”, comentou o membro da Marinha Britânica Thomas Harvey, segundo repercutido por uma reportagem de 2017 da Vanity Fair.
Na biografia autorizada de Charles, lançada no ano de 1994 sob o nome de “Prince of Wales: A Biography” (ou, em tradução livre, “Príncipe de Gales: Uma biografia”), é registrado que o filho da Rainha da Inglaterra não hesitou em chamar a mãe de “fria, distante e indisponível”.
Isso porque a monarca passou boa parte da infância do filho ocupada com seus deveres reais, que lhe faziam ausentar-se por longos períodos, enquanto viajava pelo exterior.
Ainda segundo sua biografia, foram os funcionários que “o ensinaram a brincar, testemunharam os seus primeiros passos, puniram e recompensaram, ajudaram-no a traduzir os seus primeiros pensamentos em palavras”, diferente de seus pais “emocionalmente reservados”, como repercutido pelo The Sun, em 2019.
O rei também nunca teve medo de revelar a severidade que seu pai, Philip, empregou em sua criação nos momentos que passou com ele. Prova disso foi uma entrevista dada por Charles quando tinha 20 anos de idade, em 1968.
Quando perguntado se os métodos disciplinares de sua figura paterna eram do tipo “instruir a sentar e calar a boca”, o herdeiro respondeu imediatamente que “O tempo todo, sim”. O episódio foi repercutido pela Vanity Fair.
Rainha Elizabeth, a avó materna de Charles, frequentemente o visitava durante a ausência de seus pais. A presença da figura familiar teria sido de grande importância para o então Príncipe de Gales, como ele revelou mais tarde.
“Foi minha avó quem me ensinou a olhar para as coisas”, comentou ele, segundo a Vanity Fair. A monarca o teria ajudado a construir sua sensibilidade artística e musical.
Ser um príncipe infelizmente não torna alguém imune ao bullying no colégio, como as experiências desagradáveis de Charles na Cheam School, um internato que também havia educado seu pai, Philip.
As outras crianças fizeram brincadeiras maldosas com o herdeiro menino, rindo de suas “orelhas grandes” e chamando-o de “gordo” para tentar ofendê-lo. O Príncipe de Gales tinha então oito anos de idade, e escrevia cartas semanais para sua casa, frequentemente falando sobre como tinha saudades de lá.
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