Segundo os pesquisadores, a cova pertence a uma mulher que morreu entre os anos de 850 e 950 d.C.
Giovanna Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 20/06/2021, às 08h00
Recentemente, a arqueóloga Ruth Iren Øien realizou uma descoberta impressionante enquanto escavava a região de Hestnes, na Noruega, junto à sua equipe. Em uma cova datada de 1,1 mil anos estavam oito tecidos bordados da era viking, o que antes tinha sido presenciado somente em túmulos luxuosos na Dinamarca.
Na cova, que devia ser do período entre 850 e 950 d.C., estava enterrada uma mulher. Junto a ela estavam duas peças de linho e seis de lã, além de um broche de três lóbulos, um achado raro na região.
Também havia pentes de lã e algumas centenas de pérolas em miniatura sobre o ombro direito do esqueleto, conforme informações da revista Galileu.
Com a descoberta, os arqueólogos encontraram uma forma de estudar melhor as roupas usadas pelas mulheres da era viking. Conforme o comunicado publicado no Norwegian SciTech News, as peças deviam ser vestimentas tanto internas quanto externas.
“Imaginamos que a mulher usava um vestido-avental, que era preso com broches de tartaruga”, declarou Øien, quem é pesquisadora do Museu da Universidade NTNU, na Noruega. “Por baixo do vestido, ela provavelmente usava um casaco ou camisa de linho ou lã fina. Sobre os ombros, usava uma capa com elementos decorativos bordados”, acrescentou a especialista.
Ruth ainda afirma que as capas usadas pelas mulheres que viveram na região na época costumavam ser forradas com um tecido de lã fina e que recebiam tranças estreitas nas bordas para fortalecer o pano. Para ela, os tecidos teriam um valor muito alto, assim como os broches e as pérolas que estavam na cova.
Para a produção de uma vela para barco, por exemplo, era necessária a lã de 2 mil ovelhas, o que fazia com que o ítem fosse avaliado entre 15 e 20 milhões de coroas norueguesas, o que equivaleria a um preço entre 9 e 14 milhões se convertido em reais.
“É certo que não era comum conseguir roupas novas todos os anos e muita coisa era passada adiante”, disse a pesquisadora, que considera a possibilidade da mulher ter confeccionado os panos encontrados.
De acordo com a Galileu, os arqueólogos declararam que o próximo passo será analisar as fibras de lã, para que então possam estudar a pigmentação dos tecidos e desvendar sua origem. "Analisar os isótopos na lã pode nos dizer se o tecido veio de ovelhas locais ou foi importado", explicou Øien.
Confira o comunicado completo.
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