Após o golpe que derrubou Dom Pedro II, seus familiares se separaram
Giovanna de Matteo Publicado em 19/09/2020, às 08h00
Sabemos que Dom Pedro II e seus familiares foram expulsos do Brasil após o golpe militar dado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que iniciou a República Federativa no Brasil em 15 de novembro de 1889.
A viagem da Família foi bem documentada, principalmente pelo diário da nobre Maria Amanda Paranaguá Dória, a baronesa de Loreto. Seus escritos, arquivados no IHGB, descrevem a passagem dos familiares da aristocracia brasileira do embarque, numa madrugada chuvosa, até a chegada à Europa. Com 120 páginas, mostrando as reações de Dom Pedro com a morte da esposa, com a melancolia do asilo, com as incertezas e as angústias.
O relato é resultado do acompanhamento que a baronesa e seu marido deram à família de Dom Pedro, no navio a vapor Alagoas. A viagem durou 20 dias, em que “o mar estava um pouco agitado e, temendo enjoo, que me é inevitável”, segundo a aristocrata. Os escritos descrevem claramente um sentimento de conformidade e forte saudade entre os ex-mandatários do Brasil.
Após o episódio, a família imperial se separou. Pedro II e Tereza Cristina fugiram em exílio para Portugal. Infelizmente, a imperatriz faleceu apenas três semanas depois de chegar à Europa, na cidade do Porto.
O enterro contou com a presença de toda a família e o corpo foi levado até a Igreja de São Vicente de Fora em Lisboa, onde foi sepultada no Panteão dos Bragança, acompanhando uma procissão fúnebre.
O Panteão dos Bragança foi também o lugar em que, dois anos depois, Pedro II seria sepultado ao lado da esposa. Na ocasião realizou-se um Funeral de Estado, onde milhares de pessoas compareceram.
O imperador e imperatriz permaneceram em Lisboa até 1922, quando seus corpos foram transladados para o Brasil, em comemoração aos 100 anos da independência, onde foram recebidos em cerimônia pomposa.
A eterna Isabel
A Princesa Isabel faleceu em 14 de Novembro de 1921, sendo sepultada na tumba da Casa d'Orleães em Dreux, na França, lugar que residia. Seu marido morreu no ano seguinte no Rio de Janeiro, em viagem ao centenário da independência.
Os corpos da Princesa Isabel e de seu marido Conde D’Eu, entretanto, só foram transportados para o Brasil em 1971, e preservados ao lado de seus pais. D. Pedro II e família se encontram desde então no Mausoléu Imperial, na Catedral de Petrópolis, no Rio de Janeiro.
**Errata: A Aventuras na História errou ao informar que a cerimônia foi realizada pelo presidente Getúlio Vargas.
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