O impressionante animal teve seu comprimento recém-confirmado por pesquisadores, chamando atenção pela força
Wallacy Ferrari Publicado em 09/03/2023, às 19h00
O peixe ósseo Dunkleosteus terrelli, popularmente conhecido pelo apelido abreviado de 'Dunk', viveu há aproximadamente 360 milhões de anos, durante o período Devoniano.
Rodeando os oceanos, o peixe blindado contava com mandíbulas capazes de projetarem 3,6 toneladas de força, tendo seu primeiro fóssil descoberto no final do século 19, nas margens do Lago Erie, em Cleveland, nos Estados Unidos.
Contudo, sua ossada não descoberta com todo o esqueleto completo, possibilitando pesquisadores a estimarem suas medidas com base em estudos proporcionais de seu corpo. Dessa maneira, concluíram, na altura, que ele tinha aproximadamente 9 metros da cauda até a ponto da cabeça.
Ao revisar tal estudo sobre o animal durante a pandemia de COVID-19, entretanto, o doutorando Russell Engelman, da Case Western University em Cleveland, Ohio, se impressionou com as medidas descritas e tentou acessar o fóssil em questão para uma pesquisa própria, recebendo a autorização do Museu de História Natural de Cleveland para fazer uma análise laboratorial com as evidências físicas do animal.
Ao contrário do que registrado na literatura científica, Engelman se surpreendeu com as técnicas de medição antigas que, de acordo com ele, em entrevista ao portal LiveScience, “biologicamente, elas simplesmente não faziam sentido”. Após diversas tentativas de calcular o crânio com o corpo, notou que tinha que refazer o estudo antigo do zero, aproveitando de ferramentas modernas.
De acordo com Engelman, apesar da estrutura rígida, as reconstruções com base na pesquisa de 150 anos atrás alcançavam resultados com proporções corporais "estranhas e irrealistas", nada parecidas com outros animais da mesma família. O motivo atribuído pelo pesquisador se baseia no método.
Revirei a literatura e descobri que a maioria dos autores anteriores que falaram sobre isso estavam basicamente apenas observando", criticou o doutorando.
Descartando os registros e reiniciando o estudo, ele concluiu que a altura e largura do crânio associam o resto do corpo a apenas 4 metros da cauda até a ponta da cabeça - menos da metade registrado há um século e meio.
A cabeça, relativamente curta, não poderia ter uma estrutura traseira com o dobro do tamanho de sua real estatura, sendo mais próximo de um atum do que um tubarão.
O resultado foi comemorado pela comunidade local; mesmo após ter perdido tamanho e a ideia predatorial no imaginário popular, o monstro marinho pôde ser enfim reproduzido com exatidão.
+Clique aqui e leia o artigo científico completo em inglês;
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