O episódio durou apenas dois dias, mas resultou na execução de 18 mil pessoas, todas vítimas das tropas de Hitler
Redação Publicado em 27/08/2019, às 12h00 - Atualizado às 11h00
Em meados da década de 1940, a cidade de Sarny, na Polônia, possuía uma considerável população de judeus, estimada entre cinco e sete mil pessoas. Foi para lá que centenas de soldados nazistas se moveram após romperem o pacto Ribentropp-Molotov, atacando a União Soviética e invadindo a região, em julho de 1941.
Na época, o exército vermelho, que, sob o pacto de não-agressão, havia ocupado a cidade, agora retrocedia. Os habitantes, principalmente nacionalistas ucranianos, encontraram a oportunidade perfeita para uma agitação para a independência.
Não só permaneceram na cidade como também colaboraram com os nazistas, permitindo que eles saqueassem bens dos judeus antes de mandá-los para o gueto ali recém-criado, no início de agosto de 1942.
Durante todo o mês, os nazistas capturaram e enviaram vítimas das cidades próximas para Sarny. Muitos eram executados durante o percurso. No dia 27 daquele mês, há exatos 78 anos, as pessoas foram movidas para a periferia da cidade e, em desfiladeiros onde uma enorme vala já tinha sido cavada, todos foram friamente massacrados.
A estimativa do número de mortos fica entre 14 e 18 mil. Em 1945, foi constatado que apenas 100 pessoas sobreviveram, fugindo pelas florestas da região. Alguns tentaram retornar para Sarny, mas foram mortos nas próprias ruas da cidade.
No lugar, foram erguidos três memoriais em homenagem às vítimas e, em 1961, um livro de memórias da comunidade judaica foi escrito. Nele, constam, inclusive, relatos de sobreviventes daquele fatídico dia.
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