Montagem com imagem de divulgação do filme e foto de Elisa Lam - Divulgação
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O filme lançado em 2005 que é estranhamente parecido com a bizarra morte de Elisa Lam

"Água Escura" foi lançado oito anos antes do caso da estudante que foi achada em uma caixa d'água

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 27/02/2021, às 08h00

O caso de Elisa Lam, ocorrido no ano de 2013, é capaz de gerar curiosidade e confusão até hoje, e não é para menos: a história da jovem canadense de 21 anos envolve um desaparecimento que não deixou rastros, um hotel que já havia sido palco de assassinatos no passado, e, no fim, teve um desfecho ao mesmo tempo mórbido e triste. 

Isso porque a estudante não apenas foi encontrada na caixa d’água do estabelecimento em estado avançado de composição, como ela foi localizada apenas porque outros hóspedes estavam reclamando da cor e do gosto da água. Isso mesmo, a água que usavam para tomar banho e escovar os dentes vinha do tanque onde estava o cadáver da jovem.

A investigação do desaparecimento e da morte da canadense que tinha vindo passar as férias nos Estados Unidos demorou várias semanas para se concluir, não apenas porque seu corpo demorou para ser encontrado, mas também porque os resultados do exame toxicológico realizado durante sua autópsia exigiam tempo para serem processados. 

Isso tudo acabou dando muito tempo para os internautas da época especularem sobre o que havia acontecido com Elisa, e criarem suas próprias teorias.

Montagem com foto de Elisa Lam e fachada de Hotel Cecil / Crédito: Divulgação 

 

Mistério  

O grande impulsionador disso tudo, é claro, foi o vídeo da jovem no elevador do Hotel Cecil, que é a última gravação em que Lam é vista com vida. Ele foi liberado pelo próprio departamento de polícia de Los Angeles, com a intenção de pedir a ajuda do público, que poderia eventualmente contribuir com alguma pista para a investigação. 

A reação da imprensa e principalmente da internet, todavia, não era algo que os detetives podiam prever. O comportamento assustado e movimentos poucos naturais exibidos pela jovem na filmagem acabaram instigando muitos a quererem encontrar a explicação por trás de tudo. 

Foi nesse esforço coletivo que muitas observações curiosas surgiram - incluindo os paralelos bizarros entre a morte de Elisa e o filme “Água Escura”, lançado nos Estados Unidos em 2005, oito anos antes do acontecido. 

Água Escura 

A produção que se assemelhava ao caso de Lam fora inspirada em um filme japonês de  mesmo nome lançado em 2002, e contava a história de uma mãe e uma filha pequena que se mudam para um novo complexo de apartamentos. 

Não demora, todavia, para que comece a vazar uma água de coloração escura do teto. A mãe, chamada Dahlia, descobre que o apartamento de cima está inundado. Isso porque, de maneira estranha, todas as torneiras dele estavam ligadas. É nesse ponto que ela fica sabendo dos antigos moradores do local, um casal que tinha uma filha da mesma idade da sua. 

Trecho do filme mostrando Dahlia e sua filha /  Crédito: Divulgação/ Youtube 

 

Dahlia e sua filha, chamada Cecilia, continuam vivendo diversas experiências enigmáticas, até que no final descobrem que a menina que vivia no apartamento de cima morreu caindo na caixa d’água do prédio, exatamente como aconteceu com Elisa Lam. E como ocorreu com a canadense, seu cadáver ainda estava lá, dessa forma alterando a água usada pelos moradores. 

Outra coincidência assustadora entre o filme de terror e o caso real da jovem são as cenas do longa em que os botões do elevador do prédio não parecem funcionar, da mesma forma que parecia ocorrer com Lam no famoso vídeo dela. 

Por último, também vale dizer que a menina que morreu afogada no “Água Escura” usa uma jaqueta vermelha, peça de roupa também vestida pela estudante antes de falecer tragicamente. 

Os paralelos estranhos entre a produção de 2005 e o misterioso caso de 2013 levaram alguns internautas a desconfiarem até mesmo que Elisa havia sido assassinada por alguém tentando reproduzir as circunstâncias do filme. 

A conclusão da investigação do caso da jovem, todavia, foi de morte acidental por afogamento, descartando a atuação de outra pessoa, como é esclarecido pelo documentário “Cena do Crime: Mistério e Morte no Hotel Cecil”, lançado pela Netflix no início de fevereiro.

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