Neocolonialismo: O Fardo do Homem Branco em charges do século 19
Imagens e poemas apresentam as missões coloniais e o processo por trás da dominação branca
Joseane Pereira Publicado em 25/04/2019, às 16h00
No ano de 1899, o poeta britânico Rudyard Kipling escrevia seu mais famoso poema, que orgulhosamente chamou de "O Fardo do Homem Branco". Nascido em uma família aristocrática em Bombaim, na Índia Britânica, Kipling cresceu observando características do regime de dominação neocolonial sobre um país cada vez mais miserável. Mas a interpretação que o poeta deu para o domínio econômico e político dos países imperiais sobre suas colônias foi um tanto branda, justificada pela necessidade que os brancos teriam de levar a "civilização" para as culturas "atrasadas" do planeta.
A religião cristã, a educação, as práticas alimentares e até mesmo as noções de higiene europeias deveriam ser levadas aos “selvagens” do mundo, isto é, todos aqueles que não eram brancos ou europeus. Tal era o “fardo”, a missão difícil e pesada colocada para o homem branco “civilizado” que dessa forma beneficiaria esses “tristes povos, metade criança, metade demônio”.
Essa era uma das muitas justificativas para o neocolonialismo, que surgiu ao lado de teorias como darwinismo social e racismo científico. E uma maneira de se propagar essas ideias junto à população era por meio de charges, de cunho satírico e político, publicadas em periódicos de divulgação. Confira abaixo quatro charges que retratam essa época:
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