Em 2019, a aeronave, criada para servir como base aérea da marinha em caso de uma guerra nuclear, passou por uma situação inusitada
Giovanna Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 23/03/2021, às 16h12 - Atualizado em 19/11/2021, às 11h00
O E-6B Mercury é um modelo aeronave diferenciado. Criado no ano de 1997, foi projetado para resistir até mesmo a bombas atômicas. Seria, portanto, um avião capaz de resistir ao 'fim do mundo', como costuma-se afirmar. Porém, o que muitos não esperavam era que um único pássaro poderia um dia atrapalhar a saga do 'inabalável' avião.
O modelo E-6B Mercury, pertencente à Boeing, foi criado a partir da modificação do E-6A, o qual era utilizado pelas Forças Armadas dos EUA desde o ano de 1989.
De acordo com a Superinteressante, a aeronave, capaz de funcionar mesmo que fosse atingida por uma bomba atômica, teria como função servir como base aérea para a marinha americana em caso de uma guerra nuclear, operando como um centro de comando e comunicação militar.
No dia 2 de outubro de 2019, as Forças Armadas americanas realizavam um teste com um E-6B Mercury no estado de Maryland, mas o resultado não foi o desejado. O avião, que estava no ar, deveria realizar uma manobra que consistia em tocar o chão por alguns segundos e voltar para cima.
Contudo, enquanto a aeronave realizava esse movimento, um pássaro entrou em um de seus motores, de modo que esta teve de realizar um pouso forçado. Na época, as informações foram repercutidas pela Live Science e Washigton Post.
O acontecimento foi classificado como "acidente de classe A", como são conhecidos os casos mais graves, por mais que ninguém tenha se ferido durante o teste.
Estão neste grupo não apenas os casos em que há mortos, mas também quando há graves danos para a aeronave. No caso do E-6B Mercury o incidente causou um dano de 2 milhões de dólares, o que hoje equivale a mais de 10 milhões de reais.
As colisões entre aviões e pássaros são muito comuns, sendo que ocorrem em média 3 mil acidentes nos Estados Unidos todos os anos, gerando uma série de prejuízos.
Infelizmente, não há muito o que fazer para choques entre animais e aeronaves. Não é possível colocar grades nos motores dos aviões, já que eles sugam ar enquanto funcionam. Além disso, mesmo que fosse instalada uma barreira, necessariamente ela teria de ser feita de um material que resistisse ao impacto da colisão de uma ave com um avião a 800 km/h.
Assim, a maneira mais viável encontrada para impedir acidentes até hoje é chamar atenção dos pássaros por meio da ilusão de ótica e da utilização de luzes.
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