Descubra o que aconteceu com Christina Aistrup e a mulher que desconfiou dos seus crimes, Pernille Kurzmann, após os eventos narrados na produção
Redação Publicado em 07/05/2023, às 10h28
Na quinta-feira passada, 27, estreou no catálogo brasileiro da Netflix uma instigante minissérie chamada "Enfermeira". A história repleta de tensão acompanha a jovem Pernille Kurzmann, uma enfermeira escandinava que começa a desconfiar que sua tutora e colega de trabalho, Christina Aistrup, propositalmente mata pacientes no hospital em que as duas trabalham.
A parte mais surpreendente da produção é que ela é baseada em fatos: os crimes ocorreram no hospital Nykøbing Falster, localizado na porção sul da Dinamarca, com a verdadeira Aistrup sendo considerada culpada por três homicídios e uma tentativa de homicídio em um tribunal ocorrido em 2015.
As vítimas da enfermeira se chamavam Viggo Holm Petersen, Anna Lise Poulsen e Arne Herskov. Já a paciente que sobreviveu era Maggi Margrethe Rasmussen. O caso chocante foi descrito em detalhes por um livro-reportagem do jornalista Kristian Corfixen — obra que serviu como material de base para a série da Netflix.
Além de descrever o que se sabe sobre os atentados à vida que teriam sido cometidos pela profissional da área da saúde, o autor fala sobre seu julgamento, que foi acompanhado de perto pela imprensa da época.
Durou um mês, período durante o qual mais de 70 testemunhas prestaram seus depoimentos, incluindo a própria Pernille. De acordo com o Radio Times, Christina recebeu uma sentença perpétua, porém, os seus atos passaram de três acusações de assassinato para quatro acusações de tentativa de homicídio culposo. Assim, a pena foi trocada para 12 anos de prisão.
Como está prevista para recuperar sua liberdade no ano de 2028, a mulher dinamarquesa atualmente prossegue cumprindo sua sentença. Sua licença para a prática médica, vale mencionar, foi suspensa.
Outro detalhe importante é que Aistrup negou as acusações desde o princípio e alega que é inocente, tendo sido condenada injustamente. Em entrevista a Corfixen, que foi até a prisão para conversar com a ex-enfermeira, ela afirmou que ainda não havia "aceitado" o que aconteceu.
Muitos aqui falam sobre um dia chegar a um ponto em que você chega a um acordo com seu julgamento. Mas ainda não cheguei lá", afirmou, conforme repercutiu o portal Digital Spy.
Já Pernille Kurzmann prosseguiu trabalhando no mesmo hospital, apesar das memórias ruins que viveu na instituição de saúde — foi uma das únicas da equipe de pronto-socorro do local a não mudar de emprego após os sombrios acontecimentos.
Tenho os mesmos chefes e, na verdade, gosto muito deles. Sinto muito por eles porque não tinham ferramentas nem nada para fazer e intervir no caso", explicou ela em uma entrevista de 2020 ao portal do Conselho Dinamarquês de Enfermagem, como repercutido pelo Radio Times.
"Não tenho dúvidas de que eles fizeram o possível para me apoiar e ao departamento deles. Eles também ficaram presos no cisma entre ter que cuidar de mim e também cuidar de Christina, porque ela era inocente até que se provasse o contrário", concluiu.
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