Bunchy Carter (12 de outubro de 1942 — 17 de janeiro de 1969) e John Huggins (11 de fevereiro de 1945 — 17 de janeiro de 1969) - Wikimedia Commons
Estados Unidos

Há 51 anos, os líderes do Partido dos Panteras Negras Bunchy Carter e John Huggins eram brutalmente assassinados

O crime aconteceu durante uma reunião com grupo rival Organização US na Universidade da Califórnia em Los Angeles

Daniela Bazi Publicado em 17/01/2020, às 08h00

Neste dia, em 1969, Bunchy Carter e John Huggins, membro do Partido dos Panteras Negras (PPN) eram assassinados a tiros durante uma reunião do Sindicato dos Estudantes Negros no Campbell Hall da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), com o grupo rival Organização US.

John Jerome Huggins Jr. era líder do Partido dos Panteras Negras, enquanto Alprentice Bunchy Carter foi um dos fundadores do PPN no Sul da Califórnia, e é considerado como um mártir do movimento negro nos Estados Unidos por seus apoiadores.

Ator Gaius Charles interpretando Bunchy Carter na segunda temporada da série Aquarius / Créditos: Getty Images

 

A reunião foi feita após Bunchy e John serem flagrados fazendo comentários negativos sobre o líder da Organização US, Ron Karenga. De acordo com relatos sobre o encontro, se deu início uma discussão acalorada entre alguns membros da US com a pantera Elaine Brown, que resultou em uma briga no qual Carter e Huggins foram mortos.

Segundo uma testemunha do caso, John teria se envolvido em uma luta física com um homem chamado Harold Tuwala Jones, de apenas 19 anos, quando foi alvejado. O suposto atirador é um nacionalista negro e membro da Organização US, chamado Claude Hubert, de 21 anos, porém, ele nunca foi encontrado.

Desde então, houveram diversas acusações sobre a motivação do crime. Os membros do PPN diziam ter sido um assassinato planejado, já que existiu um acordo prévio de que ninguém deveria levar armas à reunião, que não foi respeitado pelos membros da US. A incriminação é negada pela Organização US, no qual disseram que o caso ocorrido na reunião foi espontâneo.

Membro não identificado dos Panteras Negras atrás de uma porta alvejada durante um confronto contra a polícia / Créditos: Getty Images

 

O chefe de segurança de Bunchy na época e ex-primeiro-ministro da defesa do Partido dos Panteras Negras, Geronimo Pratt, declarou anos depois que o incidente ocorrido na UCLA teria realmente sido um tiroteio espontâneo, e não planejado.

Larry Watani Stiner e seu irmão, que eram membros da Organização US, acabaram sendo acusados e condenados pelo assassinato de Bunchy e John, mesmo que nenhum deles tendo efetuado algum disparo com arma. Watani se encontra atualmente em liberdade condicional e permanece afirmando sua inocência.


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