Enquanto uma companheira foi peça fundamental para a denúncia do criminoso, outra resolveu se casar com o assassino sabendo exatamente como ele era
Penélope Coelho Publicado em 04/09/2020, às 08h00
Considerado um homem carismático e de boa aparência, Theodore Robert Bundy usou dessas artimanhas para conquistar a confiança de suas vítimas. O norte-americano é conhecido como um dos mais brutais assassinos em série da história.
Ted sequestrou, estuprou e matou cerca de 30 mulheres, em sete diferentes estados durante a década de 1970. Porém, esse foi o número que ele confessou e a quantidade de vítimas pode ser bem maior.
Ao longo de sua trajetória sombria, no entanto, em contradição de seus crimes contra mulheres, Bundy se relacionou amorosamente com inúmeras moças e escondeu sua verdadeira face por muitos anos.
A namorada
Elizabeth Kloepfer — hoje em dia conhecida pelo sobrenome Kendall — conheceu Ted Bundy em um bar de Seatle no ano de 1969. Na época, a jovem tinha acabado de terminar um relacionamento com o pai de sua filha Molly. De uma conversa despretensiosa em um bar, Ted foi para a casa de Liz e a partir disso, os dois permaneceram juntos por seis anos.
No mesmo período em que Ted se tornava parte da família de Elizabeth, ele cometia os mais terríveis assassinatos. A norte-americana passou a enxergar o amado com outros olhos após os primeiros relatos de desaparecimentos de mulheres, quando a polícia divulgou um retrato falado que apresentava uma grande semelhança com seu namorado.
Ela decidiu denunciar Bundy, mas manteve o relacionamento. A captura do criminoso não foi rápida: na verdade durou alguns meses, e nesse período eles continuaram juntos. Porém, mesmo quando o homem já estava preso por seus crimes, eles ainda mantiveram contato.
Foi em uma dessas ocasiões na prisão que Ted confessou uma tentativa de matar Liz sufocada em sua própria casa, após sabotar a chaminé da moça. Elizabeth contou o caso em seu livro The Phantom Prince: My Life with Ted Bundy (1981).
O relacionamento estava terminado, no entanto, o contato com o ex-namorado só foi cortado oficialmente em 1980. Ao longo dos anos, ela se manteve reclusa e, após o lançamento do livro, uma das raras vezes em que Elizabeth falou foi na série documental da Amazon prime Ted Bundy: Falling for a Killer (2020).
A esposa
Após o final do relacionamento com Liz, outra pessoa estava prestes a entrar na vida amorosa do assassino em série. Trata-se Carole Ann Boone, uma mulher obcecada pelo criminoso. Eles se conheceram em 1974, antes das revelações dos assassinatos de Bundy, quando trabalhavam no Departamento de Serviços de Emergência de Olympia, em Washington.
Depois que seu amigo foi preso, Carole fez questão de manter contato através de cartas e estava presente em todos os julgamentos. Ela queria provar que o homem era inocente, por isso, chegou a testemunhar a favor de Ted no tribunal. “Ele é um homem simpático, atencioso, querido e paciente”, afirmou Boone na ocasião, em 1980.
Ted usou seus conhecimentos na área do direito — que ele estava usando para defender a si mesmo no tribunal — para pedir Carole em casamento e desviar a atenção de quem assistia ao julgamento. O homem sabia que na Flórida, onde ele estava, bastava a presença de um juiz para tornar um casamento oficial.
Foi isso que ele fez: após o depoimento de Ann, Bundy pediu a mulher em casamento e ela aceitou. Pouco tempo depois da oficialização da união, Carole engravidou de Ted, provavelmente após subornar um guarda durante as visitas ao marido e, da união improvável, nasceu Rose Bundy, filha do assassino.
Contudo, a relação chegou ao fim e o casal se divorciou três anos antes de Bundy ser executado. Sabe-se que, depois do término, Boone preferiu se distanciar dos holofotes e provavelmente se mudou da Flórida para nunca mais tocar no assunto.
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