Diego Armando Maradona foi enterrado sem seu coração, que quase foi roubado e, agora, virou alvo de plano
Fabio Previdelli | @fabioprevidelli_ Publicado em 30/07/2022, às 00h00
Ídolo máximo do Boca Juniors e da seleção argentina, Don Diego Armando Maradona faleceu no dia 26 de novembro de 2020, aos 60 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória.
El Pibe de Oro, como também era chamado, foi considerado um dos maiores futebolistas de todos os tempos. Tido como uma divindade pelos torcedores de seu país, o camisa 10 foi responsável por liderar os albicelestes em sua segunda conquista da Copa do Mundo, em 1986.
Além da genialidade em campo, Dieguito mostrava a mesma facilidade em passar por adversários para se meter em polêmicas; muitas delas relacionadas ao seu abuso de drogas, seus filhos fora do casamento e até mesmo sua relação com Fidel Castro.
Porém, após sua morte, as controversas não terminaram, com seus médicos sendo acusados de abuso; a disputa de filhos por reconhecimento e, por fim, a insana questão sobre seu coração.
Cerca de um ano após a morte de Maradona, o neurologista e jornalista argentino Nelson Castro, autor do livro ‘A Saúde de Diego: a Verdadeira História’, trouxe detalhes sobre a morte de El Pibe de Oro.
Segundo Castro, o camisa 10 foi enterrado sem seu coração. Um dos motivos para isso foram os membros da torcida organizada do Gimnasia y Esgrima, clube o qual Dieguito era treinador. Eles queriam roubar tal órgão do ex-jogador.
“Houve uma movimentação de um grupo de Barra Bravas [torcida organizada] do Gimnasia y Esgrima La Plata que planejava arrombar o caixão e extrair o coração de Maradona. Não se concretizou, porque foi um ato de enorme ousadia. Descobriram que isso ia ocorrer, então extraíram o coração”, aponta Nelson em entrevista ao canal argentino ‘El Trece’.
Mais de um milhão de pessoas compareceram ao velório do ídolo, que foi realizado no cemitério Jardin de Bella Vista, na capital argentina Buenos Aires, segundo repercutido pelo Lance!.
O jornalista contou que além do roubo, o coração do camisa 10 foi retirado para ajudar a explicar as possíveis causas da morte do futebolista. “O coração também foi extraído porque era muito importante para a determinação da causa da morte”.
Ele pesava meio quilo e era muito grande. Um coração costuma pesar 300 gramas. Era um coração grande não só porque ele era atleta, mas também pela insuficiência cardíaca que o ex-jogador sofreu”, completou.
Após a declaração, começou o questionamento: onde estava o coração de Don Diego? Posteriormente, a imprensa argentina confirmou que o órgão estava no Departamento de Anatomia Patológica da Polícia de Buenos Aires, na cidade de La Plata.
Além do coração, o fígado e os rins de Maradona também foram retirados e enviados para o Departamento que faz parte da Superintendência Científica da Polícia cerca de uma semana depois de seu falecimento.
A Justiça do país determinou que os órgãos permanecessem em La Plata, onde terão condições de passarem pelos melhores métodos de conservação — estima-se que o coração de Dieguito, por exemplo, possa ser conservado por até 10 anos em laboratório.
“O normal é que, após esse tempo, o coração passe a ser um resíduo, porque já não interessa a nenhuma causa, embora neste caso, provavelmente, seja enviado um pedido especial para preservá-lo, dada a importância simbólica do coração de Maradona”, informou o portal Infobae.
Após toda essa polêmica, em março deste ano, o coração de Maradona voltou a ser alvo de uma polêmica, agora por conta do sonho de torcedores argentinos de que o órgão de El Pibe de Oro pudesse ‘participar’ da Copa do Mundo do Qatar, que acontece no fim de 2022.
O plano envolveria a remoção do coração do ídolo argentino do laboratório da polícia para que ele pudesse estar presente junto da delegação albiceleste. Quem expôs o plano maluco foi Javier Mentasti, chefe de uma agência de publicidade.
Tenho certeza de que era o que Diego queria. Se pudéssemos perguntar a ele, ele diria: 'Faça'. Poderia ir no ônibus da equipe, para o hotel. Posso imaginar uma procissão no dia em que a equipe partir para o Qatar, com pessoas acompanhando o ônibus até o aeroporto", imaginou.
"Pode ser uma iniciativa para promover a doação de órgãos. Levar o coração de Diego para a Copa do Mundo, que será a última de Messi, pode ser muito interessante. É um sonho”, finalizou Mentasti.
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