Galileu Galilei, o 'pai da astronomia observacional' - Foto por National Maritime Museum pelo Wikimedia Commons
Galileu Galilei

Historiador faz revelação sobre os manuscritos de Galileu Galilei

Galileu Galilei foi um astrônomo florentino, que contribuiu grandemente para a área de pesquisa

Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 23/08/2022, às 12h04

A Biblioteca da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, definitivamente possui em seu acervo incontáveis obras e produções notáveis e que merecem grande destaque.

No entanto,  o que antes era um dos maiores tesouros que possuíam — manuscritos de Galileu Galilei sobre a descoberta de quatro satélites em Júpiter —, se tornou apenas mais um item: foi descoberto que os manuscritos eram falsos.

Nick Wilding, historiador da Universidade do Estado da Geórgia, também localizada nos Estados Unidos, revelou que os manuscritos foram produzidos no início do século XX, provavelmente pelo já conhecido falsificador Tobia Nicotra.

A descoberta foi feita a partir de análises de marcas d'água dos papéis de Galileu — que dataram ser do século 18, quando na verdade o astrônomo teria feito as anotações ainda no século 17, entre 1609 e 1610.

Por quase um século, o manuscrito tem sido uma das joias da Biblioteca da Universidade de Michigan, somos gratos ao professor Wilding por compartilhar suas descobertas e agora estamos trabalhando para reconsiderar o papel do manuscrito em nossa coleção", apontou a instituição, em comunicado.

Conteúdo

No entanto, mesmo que o documento não seja de fato o original escrito por Galileu, ele ainda possui incontáveis informações valiosas. Nele, é possível ler um rascunho de uma carta endereçada à Doge de Veneza, com a apresentação de um telescópio recém-construído.

Além disso, no manuscrito também é possível ler ali anotações do astrônomo sobre a descoberta dos quatro satélites de Júpiter — Io, Europa, Ganimedes e Calisto. A versão final e original da carta se encontra nos Arquivos do Estado de Veneza, na Itália.

Manuscritos falsos de Galileu na Biblioteca da Universidade de Michigan / Crédito: Divulgação/Universidade de Michigan

 

A constatação de que os manuscritos não eram originais veio a partir da análise das marcas d'água dos papéis, que continham as iniciais do fabricante de papel — "AS" — e o local de produção — BMO, Bérgamo, na Itália. Por sua vez, nenhum outro papel com essas marcas foi datado até 1770, quando se tornaram comuns.

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