'Linha Direta', que marcou época no início dos anos 2000, apresentava crimes e catástrofes que abalaram o Brasil
Redação Publicado em 15/03/2020, às 09h00 - Atualizado em 02/09/2022, às 16h53
Extremamente popular durante o início dos anos 2000, o programa Linha Direta era uma atração da TV Globo em que eram feitas simulações encenadas de diversos crimes marcantes que ainda não tinham sido completamente solucionados.
O sucesso do programa foi responsável por colaborar na prisão de 431 foragidos, isso porque ao final de cada episódio o apresentador (Marcelo Rezende no início e Domingos Meirelles até o final) fornecia ao espectador o telefone do disque-denúncia. Mesmo com boa audiência e abaixo-assinado, o programa deixou de ser exibido em 2007.
Porém,após 15 anos, o programa vai voltar ao ar. O diretor Mariano Boni está criando o projeto ainda em “segredo”. De acordo com informações do O Globo, a equipe da atração ainda não foi 100% definida, assim como nenhum apresentador foi resignado para a função.
Informações sobre o horário da programação ainda não foram reveladas, assim como o dia da semana em que ele será exibido também é um mistério. O ‘Linha Direta’ espera receber uma ajuda da internet, visando aumentar uma repercussão ainda maior que anteriormente conseguiu.
Pioneiro no formato, o programa espera gerar novas reflexões para o público acerca da impunidade no Brasil, ponto que é polêmico no país e que também atrai muita audiência.
Nesses anos todos alguns casos foram muito emblemáticos. Confira alguns dos mais marcantes.
O prédio localizado no centro de São Paulo hoje se chama Edifício Praça da Bandeira. Teve seu nome alterado após um trágico incêndio que matou 191 pessoas e deixou 300 feridas.
Muita superstição rodeia a história do incêndio, que começou com um curto circuito em um ar-condicionado. Existem relatos de eventos sobrenaturais sucedidos do acidente, como cadáveres terem desaparecido das fotos que a perícia tirou depois do ocorrido.
Algumas tragédias teriam amaldiçoado o edifício, como o fato dele ter sido construído no local onde antigamente era um pelourinho, ou o caso do assassinato de um homem que assassinou mãe e irmãs no mesmo prédio.
João Acácio Pereira da Costa, mais conhecido como o Bandido da Luz Vermelha, foi um criminoso que aterrorizou a elite paulistana na década de 60. Ganhou o apelido por carregar uma lanterna de luz avermelhada que era usada amedrontar suas vítimas.
Durante o seu julgamento, foi descoberto que Acácio havia sido relegado pela família e desde sempre teve que aprender a se virar com métodos não muito honrosos, como roubo e furto. O criminoso foi para a capital paulista justamente arquitetando tais planos para assaltar residências da classe alta da cidade, que já não se sentia mais tão protegida devido ao boom imobiliário que mudara a zona nobre da cidade.
Em 1987, dois catadores de lixo em Goiânia deram início ao que seria considerado o maior acidente radioativo já registrado no Brasil, e o terceiro com o maior número de vítimas, perdendo apenas para dois ocorridos na União Soviética (um deles sendo Chernobyl).
A contaminação começou quando dois catadores abriram um aparelho radiológico de um hospital desativado que não descartou adequadamente seus aparelhos.
Antes de qualquer ação preventiva do governo ser tomada, o césio 137 (que possuía fascinante luz azul no escuro) afetou cerca de 1.600 pessoas que entraram em contato com o material e levou ao óbito de 104 indivíduos.
Após matar a sangue frio 17 garotos que tinham entre 6 e 14 anos, Marcelo Costa de Andrade ficou conhecido pelas mortes desses meninos na cidade da Baixada Fluminense. Vindo de uma família completamente desestruturada, fugiu da instituição pela qual era cuidado e passou a viver na rua, sobrevivendo com pequenos delitos e prostituição.
Após viver com um homem começou a frequentar a Igreja Evangélica, e retornou para a casa da família de sua mãe, onde arrumou emprego e tudo que garantisse alguma estabilidade. Entretanto, foi justamente nesse período em que iniciou a trajetória de crime.
Coletando sangue de algumas vítimas com ferimentos graves, ingeria os fluídos para “se manter jovem”. Sua experiência com a religião criou em sua cabeça delirante a noção de que matando crianças elas nunca iriam para o inferno, por isso não acreditava que estaria realizando algo tão errado.
Ainda cercados de muita dúvida quanto ao real motivo de seus falecimentos, Manoel Pereira da Cruz e Miguel José Viana morreram sob circunstâncias suspeitas.
Vestidos de sobretudo e máscaras de chumbo, os homens foram encontrados por um morador da região de Niterói. No bolso de um dos cadáveres estava um bilhete que apresentava instruções respectivas a horários determinados.
Alguns dizem que os homens estavam seguindo instruções dadas por extraterrestres, e a máscara serviria como forma de se protegerem da radiação dos seres.
No entanto, a teoria mais aceita é a de que eles eram membros de uma seita religiosa científico-espiritualista e morreram devido ao uso de drogas psicodélicas, muito em uso nos anos 60.
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