Artistas das mais diversas formas de expressão se reuniram para realizar exposições, conferências e palestras, propondo uma nova forma de se fazer arte
Giovanna Gomes Publicado em 06/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h03
A chamada Semana de Arte Moderna mostrou novos horizontes e tendências que foram trazidas por artistas que entraram em contato com vanguardas como o cubismo e o realismo ao realizar viagens para fora do país.
O evento que deu origem à primeira fase do Modernismo, - movimento ao qual pertencem obras como o Abaporu, de Tarsila de Amaral e Samba, de Di Cavalcanti -, ocorreu entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922.
O evento
No grande evento ocorrido No Teatro Municipal, em São Paulo, foram realizadas conferências e palestras, as quais reuniram grandes artistas e apreciadores da arte.
Entre as principais ideias do movimento estavam a liberdade de expressão e críticas aos padrões impostos. Mudanças relacionadas à linguagem, por exemplo, era uma proposta do novo movimento que ganharia vida.
Assim, de acordo com o site da Escola Britannica, os artistas propuseram a incorporação dessas ideias nas produções nacionais com o objetivo de valorizar as expressões artísticas brasileiras.
A Semana de 22 contou com exposições de pintura e escultura, além de música, literatura e poesia. Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Vítor Becheret, Anita Malfatti e Sérgio Milliet foram alguns dos maiores destaques do evento. Heitor Villa-Lobos, que seria considerado um dos maiores músicos brasileiros e o mais conhecido compositor de toda a América Latina, também marcou presença no evento.
Símbolos
O marco inicial do Modernismo foi a publicação de Pauliceia Desvairada, livro de poesias importante do autor Mário de Andrade, no qual foram estabelecidas as novas características da escrita modernista.
Outro importante símbolo foi a revista Klaxon. O veículo desempenhou um papel fundamental na época, uma vez que divulgou cada uma das ideias daqueles artistas que revolucionariam a produção cultural brasileira.
Recepção
De início, a exposição não agradou à crítica. Isso porque aquelas propostas eram diferentes ao tipo de arte que as pessoas estavam acostumadas a ver. Mesmo artistas famosos como Monteiro Lobato, teceram duras críticas ao movimento. Tratava-se de um grande rompimento com as bases da arte já conhecida, uma verdadeira revolução.
Com o tempo, o evento passou a ser valorizado e considerado fundamental para o desenvolvimento da arte brasileira.
A Semana da Arte Moderna foi tão importante que, mais tarde, serviria de inspiração para outros movimentos. O Tropicalismo, um dos mais importantes movimentos brasileiros, é um exemplo. Também o teatro, o cinema, entre outras expressões artísticas beberam dessa fonte inovadora.
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