O campo de Theresienstadt, na República Tcheca, abrigou cerca de 15 mil crianças antes de serem mortas em Auschwitz
Alana Sousa Publicado em 16/12/2019, às 12h00
Durante a Segunda Guerra estima-se que mais de um milhão de pessoas tenham sido aniquiladas no campo de extermínio de Auschwitz. A maioria das vítimas foi morta em câmaras de gás. Em Auschwitz, os presos eram obrigados a usar insígnias nos uniformes conforme a categoria — muitos foram usados em experimentos médicos.
Dentre os assassinados pelo regime nazista havia milhares de crianças. Acredita-se que 15.000 meninos e meninas passaram pelo campo de concentração de Terezin e, a maioria parte delas morreu em Auschwitz, em 1944.
Theresienstadt
O campo de concentração de Terezin, localizado na República Tcheca, foi construído entre 1780 e 1790 por vontade do imperador austríaco José II, a fortaleza era usada para manter prisioneiros da monarquia. Entre os muitos capturados que viveram em Theresienstadt está Gavrilo Princip, assassino do Arquiduque Francisco Fernando.
Em junho de 1940, a Gestapo se apossou do forte e o transformou em um gueto murado. Inicialmente foi divulgado como um local onde judeus privilegiados viveriam, porém mais tarde, foi descoberto que se tratava de mais um campo de concentração, muitas vezes servindo como uma das paradas para prisioneiros que seriam enviados à Auschwitz.
Para esconder o horror que o campo proporcionava, como falta de comida e água, proibição de remédios e encontros entre homens e mulheres, além da obrigação de realizar duros trabalhos no cotidiano, os nazistas apresentavam o lugar como um centro de vida rica e cultural.
As vítimas do holocausto eram obrigadas a apresentarem peças de teatro para criar uma imagem de ilusão de boa vida para o mundo, orquestras e bandas de jazz eram forçados a tocarem para os judeus. Muitos intelectuais, como artistas, cientistas, músicos, escritores e professores eram encaminhados para o gueto.
Depois de certa idade, as crianças também eram obrigadas a trabalharem no campo, mas os outros confinados faziam questão que elas recebessem, pelo menos, o mínimo de educação. O artista Friedl Dicker-Brandeis ensinava aulas de artes e pinturas para os jovens, o trabalho resultou em milhares de obras, entre quadros e poemas que retratavam a vida e experiência das mais inocentes vítimas do horror da guerra.
De 15 mil crianças em Terezin, apenas pouco menos de 100 sobrevieram ao final da guerra. As criações artísticas podem ser vistas no Museu Judeu em Praga. Em 8 de maio de 1945, os prisioneiros de Theresienstadt foram libertados por tropas soviéticas.
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