A vida era bastante dura para uma família que vivia fugindo das atrocidades do racismo nazista
Mário Araujo Publicado em 26/12/2019, às 13h00
Entre 12 de junho de 1942 e 1º de agosto de 1944, uma garota de nome Anne Frank, alemã e judia, dividiu seus sonhos, medos, amores, ilusões e desilusões com Kitty, o diário que ganhou de presente no aniversário de 13 anos.
Nele, ela registra o dia-a-dia no chamado “anexo secreto”, um esconderijo em Amsterdã, na Holanda. Foi lá que sua família viveu clandestinamente, numa tentativa de se esconder da polícia nazista e dos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial.
As narrativas do diário de Anne terminam três dias antes de o local ser descoberto. Na manhã de 4 de agosto de 1944, os moradores do esconderijo foram levados para o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. Anne e sua irmã Margot morreram de tifo no campo de Bergen-Belsen, na Alemanha, entre 1944 e 1945.
Apenas o pai, Otto Frank, sobreviveu – foi ele o responsável pela publicação do diário da filha, que virou um tremendo sucesso mundial, com mais de 30 milhões de exemplares vendidos.
Veja como era o cotidiano da família, conforme os registros de Anne.
“Ninguém jamais suspeitaria da existência de tantos cômodos por trás daquela porta cinza e lisa”, escreve em 9 de julho de 1942. Logo após a família Frank se mudar para o anexo, uma estante de livros foi erguida na frente da porta, tornando o esconderijo um local quase invisível.
2. 9h - BANHO SEMANAL
Após às 9h, aos domingos, os banhos estavam liberados. Como não havia chuveiro, o banho era de canequinha, dentro de uma tina com água aquecida. Cada um usava um local diferente. Anne, por exemplo, o tomava no “espaço toalete do escritório”.
3. 13h15 - FAST FOOD
Meia hora era o tempo para o almoço – quando os funcionários do armazém estavam fora e um pouco de barulho era permitido. No cardápio, normalmente batatas, enlatados, sopa e o que mais os amigos e cúmplices conseguissem comprar no mercado negro.
4. 13h45 - QUERIDO DIÁRIO
“A hora de dormir começa sempre com enorme agitação. Cadeiras são arrastadas, camas puxadas, cobertores desdobrados...”, escreve em 4 de agosto de 1943. Anne dormia num pequeno divã com umas cadeiras, para ficar maior. A sala virava o quarto da outra família que lá morava, os Van Pels.
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O Diário de Anne Frank, Anne Frank (1995)
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Os colegas de Anne Frank, Theo Coster (2012)
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