No trailer do aguardado Gladiador 2, épico de Ridley Scott, a presença de tubarões no histórico Coliseu chama atenção; entenda
Thiago Lincolins Publicado em 12/11/2024, às 12h30 - Atualizado em 14/11/2024, às 07h36
Ridley Scott, cineasta responsável por grandes sucessos cinematográficos, gerou polêmica ao defender veementemente uma cena controversa de "Gladiador 2", filme que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 14.
O novo longa retorna à Roma Antiga, desta vez acompanhando Lucius (interpretado por Paul Mescal), um personagem que evoca o espírito de Maximus, vivido por Russell Crowe.
A trama segue Lucius enquanto sua vida é virada do avesso após ser capturado e escravizado pelo exército romano liderado pelo General Marcus Aracius (Pedro Pascal).
Motivado por vingança e com a intenção de restaurar a glória de uma Roma em declínio, Lucius incorpora o espírito combativo de Maximus para iniciar uma revolução.
Em uma recente entrevista ao Collider, Scott e Mescal discutiram a abordagem adotada no filme para mesclar detalhes históricos com liberdades criativas, destacando especialmente uma cena peculiar envolvendo tubarões no Coliseu.
O trailer antecipa a representação de batalhas navais no Coliseu, um aspecto verídico do passado romano, onde a arena era preenchida com água para a realização de combates aquáticos.
A prévia, no entanto, chamou atenção ao mostrar grandes embarcações em águas infestadas de tubarões, animais que chamam atenção.
Questionado sobre a precisão histórica da cena, Scott defendeu sua escolha com firmeza. "O Coliseu realmente foi inundado para batalhas navais... Se você pode construir um Coliseu, pode enchê-lo com água. Está brincando? E pegar alguns tubarões na rede do mar? Claro que podem", afirmou o diretor de 'Gladiador 2'.
Scott e Mescal continuaram a destacar a credibilidade da cena, ressaltando como a engenharia romana possibilitava feitos extraordinários, mesmo para os padrões modernos.
Em entrevista ao Northeastern Global News, Estelle Paranque, professora associada de História da Northeastern University, em Londres, refletiu sobre a mistura entre fato e ficção no filme. Para Paranque, os tubarões, por exemplo, exemplificam como a ficção histórica pode se desviar significativamente da realidade.
Paranque ressalta que, historicamente, não havia tubarões nessas batalhas e questionou a necessidade de tais adições para tornar a narrativa interessante.
"Obviamente não havia tubarões", explicou ela ao veículo. "Não havia como eles terem levado tubarões… Você não precisa de tubarões para tornar interessante uma história sobre gladiadores. Você não precisa de guerreiros [montados em] rinocerontes. Os gladiadores tiveram que lutar contra animais selvagens. Por que você não continua assim? Por que você não limita isso aos leões e tigres?"
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