O novo projeto pretende usar modelos de Inteligência Artificial para modernizar a criação de gado
Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 07/08/2021, às 09h00
No município de Campo Grande, localizado no Mato Grosso do Sul, uma fazenda será a sede de um curioso e inovador experimento de monitoramento de rebanho.
O projeto, que foi repercutido pelo UOL na última quarta-feira, 4, será conduzido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) em parceria com uma multinacional chinesa, a Huawei.
Vale mencionar que a gigante asiática da área de tecnologia já havia demonstrado interesse em colaborar com a área de pecuária no Brasil em uma feira agrícola ocorrida no início do ano no Paraná.
O objetivo da iniciativa recém-anunciada é aperfeiçoar as práticas pecuárias através do uso de algoritmos. O primeiro passo será a coleta de dados do dia a dia de 32 bois durante doze meses seguidos.
Para tanto, os animais da fazenda sul-mato-grossense, que pertence à Embrapa, irão usar um excêntrico equipamento acoplado à sua cabeça 24 horas.
Tratam-se de sensores que serão responsáveis por colher informações a respeito do ambiente, bem-estar e produtividade do gado, dados que posteriormente serão armazenados na nuvem.
Esses sofisticados equipamentos são também chamados de Sensores de IoT, ou Internet das Coisas, e são especializados em detectar dados através de sensores ópticos e elétricos, de acordo com o site da Synnex, um blog de negócios de Tecnologia da Informação.
Toda a infraestrutura tecnológica dessa etapa da pesquisa será fornecida pela Huawei: tanto o hardware, quanto o software virão da empresa chinesa.
É a partir de então que especialistas da organização brasileira poderão surgir com soluções inteligentes para os problemas do cotidiano das fazendas do país, tornando a gestão mais eficiente, reduzindo o estresse do rebanho e elevando os lucros.
A longo prazo, as metas do projeto incluem uma maior automação desses aperfeiçoamentos. Um dos exemplos é o desenvolvimento de algoritmos de inteligência artificial.
Dessa forma, as tecnologias de ponta da Era da Informação se integrarão também à rotina dos criadores de gado — como já fizeram com tantas outras profissões.
De acordo com o analista Eduardo Speranza, que foi repercutido pelo UOL, as informações a respeito do rebanho poderiam chegar ao criador de gado através de um aplicativo em seu celular, permitindo que esses produtores tomassem “as melhores decisões, sob o ponto de vista econômico e ambiental".
"A pesquisa envolve três eixos: as variáveis fisiológicas do animal, o microclima e o ganho de peso. Os parâmetros de bem-estar animal e conforto térmico permitirão que o produtor rural perceba o nível de estresse do animal e a interferência disso em sua produtividade”, explicou Roberto Giolo, que é um dos pesquisadores envolvido no projeto, também conforme o UOL.
Em relação às “variáveis fisiológicas”, por exemplo, o sensor será capaz de identificar a temperatura corporal, frequência cardíaca e respiratória de cada ruminante.
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