O combatente exerceu uma enorme influência no conflito e inspirou o antagonista da heroína da DC em seu filme de origem, lançado em 2017
Alana Sousa Publicado em 13/12/2020, às 12h00 - Atualizado em 25/06/2021, às 09h00
Após o estrondoso sucesso de Mulher-Maravilha, em 2017, o filme da heroína da DC ganhou uma sequência no final de 2020. O longa foi esperado com ansiedade pelos fãs, devido ao seu lançamento que era para ter acontecido no início do ano, mas, por conta da pandemia do novo coronavírus, foi adiado — inúmeras vezes.
Intitulado Mulher-Maravilha 1984, a produção, também dirigida por Patty Jenkins, apresentou Gal Gadot retornando ao papel de Diana Prince, dessa vez ambientada na década de 1980 e enfrentando novos inimigos.
Atormentada por seu amor perdido, Steve Trevor, a guerreira precisou impedir os planos malignos do empresário Max Lord e da arqui-inimiga, Mulher-Leopardo — dois personagens já conhecidos pelos fãs das histórias em quadrinho.
Diferente das tramas puramente ficcionais, a primeira aventura de Diana Prince foi contra Ares e os arquitetos da Primeira Guerra Mundial. Lutando para encontrar sua própria identidade, a heroína se deparou com figuras que, na verdade, foram inspiradas em pessoas reais.
Enquanto em seu filme de origem, a Mulher-Maravilha se vê de frente com um homem maléfico que busca, através de armas biológicas, alcançar o poder supremo da Alemanha. Na realidade, Erich Ludendorff foi um importante estrategista para o Império Alemão e para a então crescente ideologia nazista.
Nascido na atual Polônia, em 1865, Erich foi um dos nomes de maior destaque do primeiro conflito mundial. Seu trabalho levou a vitória da Alemanha nas batalhas de Liège (a primeira da guerra) e Tannenberg (um brutal episódio contra o Império Russo).
Sua influência era tamanha que, no ano de 1916, foi nomeado chefe do Estado-Maior alemão. O título era de grande magnitude e foi dividido com outra figura relevante: Paul von Hindenburg. Juntos eles eram os ditadores do exército imperial, responsáveis por espantosas crueldades que só seriam superadas pelo próximo tirano, Adolf Hitler.
Seu declínio veio depois de algumas derrotas no campo de batalha. Quando outros membros do império já previam o fracasso da nação, um tratado de rendição e finalização da guerra era, de fato, a melhor opção, mas para Ludendorff não passava de um absurdo. O general recusou todos os pactos para levar ao fim do conflito e, quando se viu sem saída, optou por deixar o cargo.
Em seu exílio, na Suécia, tentou entender a todo custo os motivos por trás da derrota e humilhação vivida pela Alemanha. Sua ideologia nacionalista logo se encontrou com outra que estava dando os primeiros passos: a nazista.
O Partido Nazista se baseou em alguns de seus pensamentos para sua fundamentação — e contou com seu apoio pessoal. No ano de 1923, participou ativamente em uma tentativa, mesmo que fracassada, de golpe de estado, elaborada por ninguém menos que o próprio Führer.
Dois anos mais tarde, já como membro do Parlamento Alemão, cargo que foi eleito pelo partido de Hitler, concorreu à presidência; fracassou novamente. Seus anos finais foram marcados por desavenças com Adolf e a redenção total da vida política.
De acordo com a obra de 2016, The First Nazi: Erich Ludendorff, The Man Who Made Hitler Possible (em tradução livre: O primeiro nazista: Erich Ludendorff, o homem que tornou Hitler possível), de William Brownell e Denise Drace-Brownell, o ex-general chegou a afirmar que Hitler “não tinha condições de governar”. Erich morreu de câncer no fígado aos 72 anos, em 1937, onde morava, na Alemanha.
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