Captado por uma câmera escondida, o assassino de Daniella Perez é acusado de tentar envenenar sogro
Wallacy Ferrari Publicado em 11/08/2022, às 13h44
Em 1992, o assassinato da atriz Daniella Perez aos 22 anos de idade revoltou o país após a revelação de que seu companheiro de cena, Guilherme de Pádua, e a então esposa, Paula Thomaz, eram os principais acusados do crime brutal, que resultou em 18 apunhaladas no peito e pescoço da atriz em um terreno baldio após o término de uma gravação.
Contudo, durante as primeiras entrevistas para veículos de imprensa e depoimentos, Guilherme fazia questão de colocar a culpa toda em si, tentando afastar a companheira no caso, que na época estava grávida, em seu oitavo mês de gestação. Mesmo com a investigação apontando a interferência da mulher, o ator dizia ter cometido o ato sozinho, como relatado em entrevista para a jornalista Glória Maria na época.
O ponto de virada para Pádua incluir a companheira no caso partiu, justamente, de uma gravação escondida, que capturou momentos de Paula na carceragem. Conforme registrado pelo extinto ‘Aqui Agora’ do SBT, o casal ainda realizava encontros em motéis durante as saídas e, publicamente, se defendiam como um acidente.
Contudo, no registro secreto, Paula aparecia, junto a companheiras de cela, fazendo uma série de revelações sobre a índole do então marido, sem saber que estava sendo filmada. Por lá, o depoimento era bem diferente do que o passado para autoridades e imprensa.
Por lá, ela não apenas deixava claro que Guilherme demonstrava ser uma pessoa sem remorsos do ato bárbaro, como planejava "se candidatar a político" em Minas Gerais, seu estado de origem: "Ele quer ser herói, quer sair", acrescentou Paula.
Dando detalhes sobre o crime, ela enaltece que ele estava "todo arranhado" e coberto de sangue e ainda assim queria se lançar como candidato. Na sequência, ao ser chamado de psicopata por um advogado, que não aparece na gravação, a companheira confirmava e registrava um episódio íntimo de Pádua com familiares.
Ele é psicopata, ele ia matar minha mãe! É que minha mãe não te falou isso, [mas] eu achei um veneninho assim lá meu quarto. Ele ia matar minha mãe. [...] Ele casou comigo com comunhão de bens. Aí eu falei: 'Vamos casar com comunhão parcial de bens que é normal'. Ele quis comunhão total, ele ia matar meu pai e minha mãe'”, explicou Paula.
Por fim, ainda teceu críticas à aparência do companheiro ao perguntar para a colega se ela já tinha notado o olho dele, comumente arregalado. A mulher replica, perguntando então por quê havia se casado. "Eu gostava, eu era apaixonada. Nunca achava que ele ia matar, achava que ele ia melhorar", concluiu Thomaz.
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