Em meio à crise diplomática, o Santo Padre decidiu excomungar o revolucionário cubano por se opor radicalmente aos católicos
Caio Tortamano Publicado em 02/01/2020, às 10h04
Em 3 de janeiro de 1962, o líder cubano Fidel Castro afirmou durante famoso discurso de posse em que se declarava marxista-leninista. Além disso, também defendeu a instalação de um governo comunista de Cuba.
Diante dessa afronta para grande parte do mundo ocidental, o papa João XXIII excomungou o líder cubano, que era batizado e membro da Igreja Católica. Um decreto do papa Pio XII estabeleceu a pena para todo católico que apoiasse o comunismo, combatido pelo Vaticano desde o século 19.
Em Cuba, Fidel fez questão de lutar contra a religião e fechou todas as escolas religiosas da região, além de expulsar 131 sacerdotes diferentes.
Contudo, existe discordância a respeito da veracidade da excomunhão de Castro. A faceta diplomática assumida pelo Santo Padre durante seu papado leva a acreditar que ela nunca aconteceu de fato, como viria a reforçar um secretário particular do papa, Loris Capovilla.
Outro fator que indica que talvez não passasse de um jogo político, foi o encontro que João teve com a filha e o genro do então líder da União Soviética, Khruschev. A conversa se deu em prol da diminuição das tensões entre a Igreja Católica e os soviéticos.
Anos depois, em 1998, o então líder cubano recebeu o papa João Paulo II em Cuba, e assistiu na primeira fila a missa de despedida realizada na Praça da Revolução, em Havana.
Depois da visita de João Paulo, Fidel suspendeu a proibição de procissões públicas, oficializou o natal como celebração oficial e esporádicas mensagens litúrgicas passaram a ganhar vida durante comunicação oficial do país. Além disso, foi autorizada a entrada de sacerdotes e religiosos ao país.
Mesmo após a série de concessões dadas pelo cubano, e a amenidade que ainda existe entre Cuba e a maioria dos países do mundo, incluindo os EUA, o Vaticano não retirou a excomunhão do falecido líder.
Saiba mais sobre os guerrilheiros da Revolução Cubana por meio das obras a seguir:
1. Fidel Castro. Biografia a Duas Vozes, de Ignacio Ramonet (2016) - https://amzn.to/2KSfQuS
2. Fidel Castro: Uma Biografia Consentida, de Claudia Furiati (2015) - https://amzn.to/2qIX5Dj
1. Che Guevara: a vida em vermelho, de Jorge G. Castañeda (2006) - https://amzn.to/399AwsU
2. Verdadeiro Che Guevara, de Humberto Fontova (2014) - https://amzn.to/2PRkPyP
3. Diário de Che Guevara, de Che Guevara (2015) - https://amzn.to/2PSuPrJ
Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, assinantes Amazon Prime recebem os produtos com mais rapidez e frete grátis, e a revista Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.
Irmãos Menendez: O que aconteceu com a advogada de Lyle e Erik?
Dia do Teatro: Os Impactos do capitalismo na cultura e sociedade do século 21
Irmãos Menendez: Como os familiares de Lyle e Erik enxergam o caso?
Há 5 mil anos: Confira a última refeição feita por Ötzi
Irmãos Menendez: Veja o que aconteceu com as figuras mostradas na série
Irmãos Menendez: O que aconteceu com o psicólogo de Lyle e Erik?