Entre vários eventos, última temporada de 'The Crown' narrou a angustiante morte de Margaret, irmã mais nova da rainha Elizabeth II
Éric Moreira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 18/12/2023, às 14h25 - Atualizado em 21/12/2023, às 11h41
Na última semana chegaram à Netflix os seis últimos episódios da sexta temporada de 'The Crown', que marcam o fim da série que narra o reinado de Elizabeth II, a monarca mais popular da História e longeva do Reino Unido.
A produção, desde sua primeira temporada, ainda acompanha parte da história recente que envolve a Família Real britânica, como a morte de Lady Di.
Um dos momentos mais marcantes dos episódios recentes, e certamente referente a um período bastante conturbado para a monarquia, foi o do início de 2002, quando a rainha perdeu duas pessoas bastante importantes para ela: a "rainha mãe" Elizabeth, e sua irmã, Margaret — no oitavo episódio da temporada —, em um período de menos de dois meses.
Vale mencionar que a produção da Netflix narra eventos até 2005, de maneira que a própria morte de Elizabeth II, por exemplo, não é retratada.
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Visto isso, confira a seguir como foram os momentos finais da princesa Margaret, irmã mais nova de Elizabeth II, e os eventos que precederam sua morte, e entenda a relação destes eventos com o retratado em 'The Crown':
Segundo o jornal português Público, a saúde de Margaret nunca foi tão forte quanto a de Elizabeth II, especialmente devido aos muitos excessos que teve em vida. Assim como pode ser visto na série, ela tinha grande gosto por bailes e festas, e sempre podia ser vista com um cigarro em uma mão — no auge de sua vida, chegou a admitir fumar até 60 cigarros por dia —, e um copo de uísque na outra, o que lhe acarretou uma série de amigdalites, laringites, bronquites, hepatites e pneumonias ao longo de várias décadas.
Então, em janeiro de 1985, antes de completar 55 anos, precisou passar por um procedimento cirúrgico para a retirada de um tumor benigno de seu pulmão, conforme anunciado pelo Palácio de Buckingham. No entanto, para a surpresa de todos os bretãos, posteriormente foi revelado que, na verdade, tinha sido retirada toda uma parte de seu pulmão esquerdo no processo.
Apesar do susto, ela não deixou de fumar em momento algum, e em 1993 precisou ser mantida no hospital Rei Eduardo VII, em Londres, para tratar de uma pneumonia. Porém, o que realmente mudaria sua vida para sempre aconteceu somente cinco anos depois, em fevereiro de 1998: seu primeiro acidente vascular cerebral (AVC).
Durante férias na ilha de Mustique, no mar das Caraíbas — que a própria Margaret descrevia como sendo seu refúgio —, a princesa queixou-se de sintomas como tontura, dor de cabeça e até mesmo dores no peito. Foi então que ela sofreu seu primeiro AVC, em 1998, e logo foi encaminhada às pressas para um hospital; no dia seguinte, foi transferida para a Inglaterra, onde ficaria internada por duas semanas.
Felizmente, após esse novo susto, Margaret saiu quase ilesa e sem qualquer tipo de sequelas; porém, no ano seguinte isso mudaria. Um dia, enquanto estava na banheira, sofreu outro AVC e, para piorar ainda mais, como ela não conseguiu sair da água fervente, sofreu graves queimaduras em ambos os pés. Da mesma forma como narra 'The Crown', ela só foi resgatada algum tempo depois, e encaminhada rapidamente ao hospital.
Desta vez, a recuperação da princesa foi bem mais lenta, e grande parte de sua disposição havia sido perdida. A partir deste momento, seus atos oficiais como membro da realeza foram drasticamente reduzidos, para que ela fizesse o mínimo de esforço enquanto tentava se recuperar. Porém, em dezembro do ano 2000, Margaret sofreu mais um AVC, que desta vez fez com que ela passasse a viver em uma cadeira de rodas, com danos praticamente permanentes.
Foi só então em janeiro de 2002, aos 71 anos, que ela foi internada no Hospital Eduardo VII, onde morreu "tranquilamente durante o sono" — conforme comunicado pelo Palácio de Buckingham — no dia 9 de fevereiro. Ela deixou dois filhos, David Armstrong-Jones, hoje com 62 anos, e Sarah Chatto, com 59.
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