Criada por Jacques-Louis David, a pintura retrata o episódio que culminou na lendária vitória de Roma antes do império
Redação Publicado em 12/09/2021, às 09h00
Durante o reinado de Túlio Hostílio (673-641 a.C.), Roma, então apenas uma pequena cidadeestado da Península Itálica, entrou em guerra contra a vizinha Alba Longa. Os reis das duas cidades, desejando evitar um banho de sangue desnecessário entre os dois exércitos, decidiram resolver a disputa com um duelo entre três campeões.
Como representantes de Alba Longa foram escolhidos os trigêmeos Curiácios, enquanto os representantes de Roma eram os também trigêmeos Horácios. A obra 'O Juramento dos Horácios', realizada pelo pintor francês Jacques-Louis David em 1784, representa esse episódio lendário da História de Roma. Logo no início da batalha os Curiácios conseguiram matar dois irmãos Horácios. O terceiro romano usou da astúcia e forjou uma fuga, conseguindo separar os inimigos, que começaram a persegui-lo.
Foi assim que o Horácio sobrevivente pôde matar os Curiácios, um após o outro. Roma ganhou a guerra, Alba Longa se submeteu. Foi o início da expansão romana na Itália, o embrião daquele que se tornaria, tempos depois, o poderoso Império Romano.
Grande defensor da Revolução Francesa e admirador de Napoleão, o autor exalta o heroísmo, o sacrifício para o bem comum, o rigor moral, os valores que se tornariam muito populares com a Revolução, em 1789, quando a frivolidade dos nobres se contrapõe à severidade e à força dos rebeldes.
Os irmãos juram lealdade a Roma no momento em que recebem as armas das mãos do pai, que representa a pátria que pede o sacrifício extremo aos filhos.
Os três arcos ao fundo correspondem aos três personagens em primeiro plano. Os corpos dos lutadores são musculosos e de proporções perfeitas, inspirados nas esculturas clássicas antigas.
As espadas não são iguais e estão longe de ser os típicos gládios que as legiões romanas utilizavam em batalha. Nessa época Roma ainda era uma cidade pequena e pobre, e seu Exército não era tão organizado ou bem armado como seria mais tarde.
A força física e moral dos homens — racionais — é apresentada no desespero das mulheres — passionais, pouco valorizadas —, o que reproduz a crença da época.
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