Anúncio de teste de chips cerebrais em humanos chamou atenção
Redação Publicado em 06/06/2023, às 12h21
Nome conhecido nas manchetes mundiais, o bilionário Elon Musk chamou atenção ao conseguir a autorização da FDA - Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos, para testar chips cerebrais da “Neuralink” em humanos.
Em 2022, o pedido foi negado, afinal, existiam preocupações no que diz respeito a segurança do dispositivo. Na época, foram apontados como tópicos: a bateria, que poderia apresentar um possível superaquecimento, além de não ter sido esclarecido como a remoção poderia ser realizada sem danificar o tecido cerebral.
De acordo com Elon Musk, o dispositivo resultaria em benefícios terapêuticos para condições como: paralisia, depressão e cegueira, além de possibilitar interconectar o cérebro a supercomputadores e armazenar memórias. Como toda e qualquer tecnologia, a novidade rendeu elogios, críticas e questionamentos. Afinal, quais seriam as implicações do chip?
Dr. Fabiano de Abreu Agrela, Pós PhD em neurociências, comenta a nova tecnologia e os cenários possíveis com a novidade. No entanto, ele alerta para a maneira como os chips serão utilizados.
"Eletrodos para neuroestimulação já são utilizados há algum tempo em cirurgias cerebrais, mas claro, eles possuem suas limitações, se a nova tecnologia que está sendo desenvolvida conseguir superar esses limites e trazer melhoras de qualidade de vida para pacientes que possuem doenças atualmente sem cura, uma pessoa que não enxerga, conseguir enxergar, uma pessoa que não move um braço, passar a movê-lo, são horizontes absolutamente positivos", reflete Fabiano.
O Dr. Fabiano de Abreu chama atenção para a maneira como a tecnologia deve ter trabalhada e também a preocupação de Musk com o desenvolvimento da Inteligência Artificial.
“Mas esse tipo de tecnologia deve ser trabalhada com muito cuidado, pois, pode violar um princípio da felicidade: A liberdade. No entanto, podemos notar uma preocupação de Elon Musk com o desenvolvimento de Inteligência Artificial, algo que, por exemplo, não notamos em Mark Zuckerberg, o que nos leva a crer que deve haver responsabilidade na forma como o projeto será conduzido, não haveria como ser feito de outra forma, não podemos ver os implantes como uma forma de roubar pensamentos”, disse o Dr. Fabiano de Abreu.
Abreu também comenta a respeito do armazenamento de memórias, algo que até a série Black Mirror, da Netflix, já imaginou no episódio “The Entire History of You”, da primeira temporada.
"O armazenamento de memórias é outro ponto muito importante que venho estudando e pode ser uma ferramenta importante para eternizar informações, seria muito interessante poder passar nossa história de vida, pelo menos após uma seleção, para as gerações futuras", explica Fabiano.
Outro ponto discutido por ele, é a possibilidade de conectar o cérebro a supercomputadores: "Além disso, a possibilidade de conectar o cérebro a supercomputadores pode ajudar a intensificar habilidades cognitivas, permitindo ampliar as capacidades humanas e proporcionar novas descobertas como essa".
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