Com estreia programada para 6 de maio, a produção promete revelar toda a verdade por trás da tragédia na Ucrânia
Letícia Yazbek Publicado em 29/03/2019, às 16h10
A HBO divulgou na última quinta-feira, 28 de março, o trailer da minissérie Chernobyl, que será lançada mundialmente em 6 de maio. Com tom sombrio, a obra promete contar “a verdadeira história” sobre a maior catástrofe nuclear do mundo.
Com direção de Johan Renck, Chernobyl terá cinco episódios de cerca de uma hora cada.
Saiba mais sobre a catástrofe de Chernobyl:
No dia 26 de abril de 1986, um dos reatores da Usina Nuclear Chernobyl, na Ucrânia, explodiu. O incêndio que se seguiu liberou uma nuvem radioativa que atingiu países tão distantes quanto a Itália e Finlândia. A cidade de Pripyat foi evacuada, e a zona de exclusão permanece até hoje, atraindo turistas de todo o mundo.
O total de mortes é extremamente controverso, e nunca vai ser conhecido exatamente. Simplesmente não dá pra dizer com certeza que alguém que morreu de leucemia na Bielorússia em 2015 só teve a doença por causa da nuvem radioativa em 1986. 31 bombeiros e funcionários da usina, que trabalharam na contenção do fogo, morreram de exposição aguda à radiação. Outros 246 trabalhadores morreram entre 1991 e 1998 de doenças circulatórias e leucemia. Quanto ao resto da população afetada, aí começa a controvérsia: relatórios das Nações Unidas estimam que 4 mil pessoas morreram ou vão morrer pela exposição. O Greenpeace fala em 200 mil vítimas diretas ou indiretas.
Vamos falar de algumas coisas que talvez você não saiba de Chernobyl. A mais surpreendente: a usina continuou operando com seus outros reatores (eram quatro)… até 2000. Só parou após a Ucrânia receber dinheiro dos países ocidentais para construir outros geradores de energia.
Outra: o desastre talvez tenha um lado positivo para a natureza. Apesar da contaminação, plantas e animais tomaram conta da paisagem antes dominada pela cidade. Isto é, a contaminação radioativa não é tão ruim quanto a presença humana. Faz pensar. Ainda hoje, há gente morando na zona de exclusão. São funcionários da agência responsável por monitorar a situação, e sua estadia por lá é sempre provisória, para evitar a exposição por muito tempo.
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