Utilizado em enterramentos, objeto de bronze lança luz sobre a ocupação Romana da região
Joseane Pereira Publicado em 18/09/2019, às 07h00
Arqueólogos do Museu da Universidade NTNU desenterraram um caldeirão que remonta à Idade Romana. O objeto de bronze foi encontrado em um trabalho de salvaguarda para a construção da rodovia E6 direcionada a Oslo, e sua descoberta poderá lançar luz sobre o papel da Noruega no Império Romano.
“Por termos vasculhado a região com o detector de metais, sabíamos que havia algo sob uma das lajes de pedra no enterramento”, afirmou a arqueóloga Ellen Grav Ellingsen. Segundo ela, a importação de caldeirões romanos para a área próxima ao rio Gaula, hoje conhecida como Gylland, sugere um status de riqueza ao local.
"Essa riqueza provavelmente estava ligada à passagem do tráfego e à proximidade de Gylland de importantes recursos terrestres, como pântanos de ferro, que eram a base da extensa produção de ferro na região central da Noruega na época romana", afirmou Moe Henriksen, que liderou a escavação.
Dado que os bens importados à região eram normalmente reservados aos ricos, o enterramento pode ter contido as cinzas de uma pessoa de grande status. Após a cremação, os restos foram colocados no caldeirão de bronze e embrulhados na casca de uma bétula, prática comum na Escandinávia. As primeiras datações para o enterramento revelaram a idade de 150 a 300 d.C.
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