Lançado nesta quarta-feira, 28, o novo filme da Netflix sobre Marilyn Monroe é baseado em romance
Redação Publicado em 19/06/2022, às 08h00 - Atualizado em 28/09/2022, às 10h54
Após inúmeros rumores que envolvem reedição de cenas picantes e grande espera, a Netflix lançou nesta quarta-feira, 28, o filme 'Blonde', que imagina a vida da atriz e maior símbolo de Hollywood: Marilyn Monroe.
Com a talentosa Ana de Armas na pele da atriz que se tornou um dos maiores símbolos da cultura pop, se engana quem imagina que Blonde é uma cinebiografia pura, como ocorreu em filmes que retrataram a saga do Queen ou do astro Elton John.
Isso porque o filme da Netflix é baseado na obra 'Blonde', romance escrito por Joyce Carol Oates. Publicado originalmente nos anos 2000, a obra fora lançada no Brasil em 2021.
Conforme repercutido pelo Estadão em reportagem do ano passado, a autora enfatiza que o seu o livro não é uma biografia, e que fatos precisos sobre a vida de Monroe não devem ser buscados na obra, que agora se transformou em filme da Netflix.
Na obra, como diz a sinopse, a autora 'reimagina a vida pessoal, profissional e poética' da jovem Monroe. Assim, Joyce mostra "uma ‘vida’ radicalmente destilada na forma de ficção", como dito em entrevista à Folha.
Dividida em dois volumes, a obra de Joyce recupera a infância e juventude de Norma Jeane Baker, a jovem se transformou no ícone Marilyn Monroe. Assim, não ficam de fora a difícil convivência da atriz com a sua mãe, Gladys; o trauma de não saber quem é seu pai; a vida em um lar de órfãos e, em seguida, a turbulenta saga em lares temporários.
A obra também aborda o começo da carreira de Monroe, como a sessão de fotos nua para um calendário e os primeiros papéis que a levaram ao status de celebridade nacional. Assim, não é de se espantar o fato da obra mostrar como a personagem da obra tinha uma vida dupla marcada pelo glamour e a angústia.
Já no segundo volume, o romance da escritora mostra a atriz no topo, mas sem conseguir romper com os traumas do passado, que a perseguiam. Assim, são abordados relacionamentos fracassados, o lado ruim da fama, e sua péssima reputação com homens.
Em entrevista ao Estadão no último ano, a autora comentou a respeito de sua obra se tornado uma adaptação da Netflix e até mesmo spoiler do que poderemos encontrar no longa.
"É empolgante saber que haverá uma adaptação de Blonde a ser produzida pela Netflix em 2021. E por um ilustre cineasta, Andrew Dominik. Sua versão do meu romance concentra-se em apenas alguns episódios selecionados entre vários, mas apresenta Marilyn Monroe como uma mulher explorada, desfalcada da mais elevada reputação que deveria ter tido como excelente atriz, além de ter seus rendimentos usurpados. Os leitores contemporâneos poderão ter mais simpatia por uma protagonista feminina que suporta muitas das humilhações expostas hoje pelo movimento #MeToo", disse ela ao veículo.
A autora também destaca o quanto a impressionou perceber que Monroe, em seus breves 36 anos de vida, era uma profissional que buscava se aprimorar cada vez mais, com aulas de atuação, canto e até mesmo dança.
"Ela ambicionava se tornar uma atriz de teatro séria e atuar em peças de Chekhov. Outras estrelas de cinema eram indiferentes ao fato de poderem “atuar” - MM estava sempre tentando se aprimorar. Fiquei surpresa, mas também desanimada com a relutância de seus contemporâneos em Hollywood em reconhecer que MM era uma atriz tão versátil, na verdade uma comediante brilhante (basta ver Quanto Mais Quente Melhor)", explicou ela.
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