Michael Jackson se apresentando no Halftime Show do Super Bowl de 1993 - Getty Images
Esportes

Apresentação sem cachê e anúncios milionários: Como o show de Michael Jackson mudou o Super Bowl

Rei do Pop foi o responsável por revolucionar o formato do halftime show e transformá-lo na relevância midiática que ele possui hoje em dia

Fabio Previdelli Publicado em 07/02/2021, às 00h00

Hoje, 7, Tampa Bay Buccaneers e Kansas City Chiefs disputarão a 55ª edição do Super Bowl. A partida trará um duelo de gerações, colocando frente a frente os quarterbacks Tom Brady e Patrick Mahomes.

De um lado, Tom, já em fase final de carreira, tentará ganhar seu 7º título do SB. Do outro, Mahomes, de 25 anos — atual campeão com os Chiefs —, luta por seu segundo título.  

Fora das quatro linhas, quem comandará o famoso Halftime show será cantor canadense The Weeknd. Esse ano também contará com um pré-show de Miley Cyrus em homenagem aos profissionais da área da saúde diante dos esforços na pandemia que assola o mundo.

Apesar de já ter se tornado tradição, grandes espetáculos artísticos nos intervalos do Super Bowl são uma parte recente da história do evento. 

Tudo começou com o icônico show de Michael Jackson no Super Bowl XXVII, em 1993. Pensando nisso, o site Aventuras na História separou 5 curiosidades sobre o épico show do Rei do Pop. Confira!

1. Os antecedentes 

Entre 1967 e 1992, as apresentações ficavam por conta de grupos universitários locais ou performances de artistas de menor expressão, como Up With People, Pete Fountain, Carol Channing e o bizarro Elvis Presto — o mágico imitador do Rei do Rock. 

Elvis Presto durante apresentação do Super Bowl / Crédito: Wikimedia Commons

 

Por ser pouco atrativa, a queda de audiência durante o intervalo também assustava os patrocinadores, que jamais pagariam rios de dinheiro — como acontece atualmente — para associarem suas marcas a números de qualidade contestáveis que não eram assistidos por quase ninguém.


2. Gota d’água 

A drástica mudança no formato dos shows do intervalo aconteceu depois do fiasco do 1992. Na ocasião, a festa foi marcada por um show temático com patinadores no gelo, jogadores de hóquei olímpico, além da apresentação da cantora Gloria Stefan.  

Para rivalizar com o halftime show, a Fox decidiu entrar ao vivo com o programa humorístico In Living Color, protagonizado pelos irmãos Keenan e Damon Wayans — como acontece ainda hoje, nos Estados Unidos, os direitos de transmissão do evento são revezados entre alguns canais de televisão


3. A concorrência 

A estratégia deu certo e, no intervalo, a audiência do Super Bowl despencou 22%. Os Wayans fizeram até uma contagem regressiva para os telespectadores voltarem a assistir ao evento esportivo. 

Michael Jackson durante apresentação do Super Bowl / Crédito: Getty Images


No ano seguinte, a NFL sabia que não poderia manter o péssimo nível dos shows e precisaria ousar e inovar com a atração. O responsável por essa revolução nos intervalos foi o astro mundial do pop Michael Jackson.


4. Sem cachê 

Após uma breve negociação, o Rei do Pop aceitou se apresentar no halftime show do ano seguinte, em 1993. As coisas ficaram melhores ainda para os organizadores do evento quando Michael aceitou não receber cachê. 

Mas engana-se quem pensou que o cantor não gostou do acordo, muito pelo contrário, ele se sentiu lisonjeado com a promessa dos organizadores, que disseram que sua apresentação de 15 minutos seria exibida para 120 milhões de pessoas ao redor do mundo. 


5. Apresentação épica 

Assim, no dia 31 de janeiro de 1993, Jackson se apresentou no Rose Bowl, em Pasadena, na Califórnia. Embalado por Billie Jean, Black or White e We Are the World — além do famoso passo do Moonwalk — o show de Michael atingiu a marca de 93 milhões de telespectadores só nos Estados Unidos. 

Michael Jackson durante apresentação no halftime show / Crédito: Getty Images


Em termos de comparação, o jogo entre Dallas Cowboys e Buffalo Bills, que decidiu o campeão daquele ano, ‘só’ atingiu o pico de 91 milhões.

Desde então, a apresentações nos halftime shows vêm crescendo cada vez mais e, como consequência, atraindo mais patrocinadores — estima-se que um intervalo de 30 segundos no evento custe cerca de 5 milhões de dólares para os anunciantes.


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Atleta em fuga: o bizarro desaparecimento de Barret Robbins, que mudou o Super Bowl


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