Daniella em cena final de novela - Divulgação / Vídeo / TV Globo
Daniella Perez

Anos antes de assassinato, Daniella Perez participou de protesto contra feminicídio

Em foto rara, a atriz aparece segurando faixa em manifestação contra caso de repercussão nacional

Wallacy Ferrari Publicado em 10/08/2022, às 16h14

Em dezembro de 1992, o cruel assassinato da atriz Daniella Perez mobilizou o país em revolta após a descoberta das circunstâncias torpes que resultaram nas 18 perfurações de punhal que vitimaram a jovem de 22 anos fatalmente.

Filha de Glória Perez, diretora da novela que atuava na TV Globo, "De Corpo e Alma", a investigação criminal chegou a Guilherme de Pádua, que na ficção, compunha o par romântico com a personagem da atriz.

Na vida real, os relatos de obsessão pela escalada na carreira, beirando a perseguição da companheira de cena, resultaram no crime onde o ator, junto da então esposa, Paula Thomaz, raptou Daniella após a conclusão de gravações e tirou sua vida em um terreno baldio no Rio de Janeiro.

A mobilização pela justiça contra os acusados não apenas resultou em um julgamento acompanhado de perto pela imprensa e por fãs da artista, como culminou em mudanças na lei, buscando penas mais severas em casos semelhantes.

Contudo, a própria Glória, através do portal de memórias da filha, revelou os anseios morais da jovem ainda viva em prol de mudanças relacionadas a punição de criminosos passionais ao resgatar uma fotografia de Daniella na adolescência.

Manifestação marcante

No ano de 1985, portanto, 7 anos antes de se tornar vítima de um crime chocante, a jovem estava com 15 anos de idade e também manifestava indignação após o assassinato de uma adolescente.

Daniella, circulada em vermelho, segura uma das extremidades da faixa / Crédito: daniellaperez.com

 

Naquele ano, ela participou de uma manifestação que pedia justiça para a adolescente Monica Granuzzo, que havia sido morta aos 14 anos pelo lutador de jiu-jitsu Ricardo Peixoto Sampaio, de 21 anos, um dia depois de conhecê-lo em uma danceteria carioca.

Antes de ser atirada da varanda do prédio onde o rapaz morava, a perícia apontou espancamento antes de morrer. Por fim, Ricardo ainda convocou dois amigos para auxiliar na ocultação do corpo da jovem, como noticiou o jornal O Globo. Tal descoberta resultou em comoção nacional e protestos.

Em um deles, próximo da localidade onde o crime ocorreu, Daniella não apenas protestou, como segurou um banner, escrito à mão, pedia "Justiça por Mônica" em mensagem direcionada ao 10ª Distrito Policial, correspondente ao bairro do Botafogo na capital fluminense, conforme registrado na histórica fotografia.


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