Amy Lynn Bradley foi vista pela última vez em sua cabine no navio Royal Caribbean International - Divulgação
Personagem

Amy Lynn Bradley, a jovem que desapareceu dentro de um navio

A jovem americana realizava um cruzeiro pelo Caribe com a família quando sumiu misteriosamente após uma noite incomum

Daniela Bazi Publicado em 10/01/2020, às 17h05

Desaparecida aos 23 anos enquanto estava em um cruzeiro no Caribe chamado Rhapsody of the Seas, abordo do navio Royal Caribbean International, em 1998, a caminho da ilha de Curaçao, Amy Lynn Bradley iniciou um dos mais insólitos casos de desaparecimento dos EUA.

No dia 21 de março de 1998, Amy, seus pais Ron e Iva, e o irmão Brad partiram para o cruzeiro de uma semana, o Rhapsody of the Seas. Três dias após o embarque, Bradley foi a boate do navio e bebeu com a banda que se apresentava ali. Segundo o vocalista, a jovem foi embora por volta da 1 da manhã.

Ron, pai de Amy, afirmou que viu a filha dormindo na varanda da cabine por volta de 5h15 e 5h30 da madrugada, entretanto, ao acordar às 6h ela já não estava mais lá. Ele disse mais tarde "Saí para tentar subir e encontrá-la. Quando não consegui, eu realmente não sabia o que pensar, porque era muito diferente de Amy sair e não nos dizer onde ela estava indo".

Após perceber o desaparecimento da mulher, o navio, que estava a caminho de Curaçao, atracou para que começassem as buscas. Amy foi procurada em todas as partes do navio e no mar, mas não haviam evidências sobre seu paradeiro.

As buscas por Bradley, realizadas pela Guarda Costeira das Antilhas Holandesas, duraram quatro dias e se encerraram no dia 27 de março. Porém, a Royal Caribbean Cruise Lines decidiu continuar com o resgate. Assim, fretaram um barco para procurar pela garota, todavia, não encontraram respostas e o procedimento foi finalizado no dia 29 do mesmo mês sem respostas. Segundo os investigadores, não haviam evidências de que ela havia se suicidado ou caído no mar.

Cartaz divulgado pelo FBI sobre o desaparecimento de Amy / Créditos: Divulgação/FBI

 

Entre 1998 e 1999, três pessoas afirmaram ter visto Amy. Na primeira vez, dois turistas canadenses relataram terem se deparado uma mulher que tinha tatuagens idênticas as de Bradley, em uma praia em Curaçao.

A segunda vez aconteceu em um bordel, onde um membro da Marinha dos Estados Unidos conversou com uma pessoa que afirmava ser Amy Bradley. A mulher misteriosa teria afirmado que era mantida ali contra a sua vontade, e que não tinha permissão para sair.

Em 2005, Amy foi supostamente localizada mais uma vez, em um banheiro dentro de uma loja de departamentos em Barbados. Segundo a testemunha Judy Maurer, ela entrou acompanhada por três homens que começaram a ameaça-la caso não seguisse o acordo.

Judy disse que após os homens irem embora, ela se aproximou da mulher e disse que se chamava Amy. Todavia, os homens voltaram e a levaram embora. Maurer chegou a ligar para as autoridades locais que fizeram um desenho das quatro pessoas através de seu relato.

Após todos os relatos, as investigações apontaram que a jovem teria sido vendida como escrava sexual. Até os dias atuais ela não foi encontrada. Existe uma recompensa com o valor de 250 mil dólares para qualquer informação sobre o paradeiro de Amy, e US$ 500.000 para aqueles que informarem sua localização de forma confiável. O FBI oferece US$ 25.000 para informações que levem a seu resgate.


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