O relacionamento do príncipe e da princesa de Gales foi marcado por polêmicas
Penélope Coelho Publicado em 03/05/2021, às 15h26
Em 29 de julho do ano de 1981, o mundo parou para acompanhar a cerimônia de casamento do filho primogênito da rainha Elizabeth II. Naquela quarta-feira, Charles se casou com a jovem Diana Spencer, na Catedral de São Paulo, em Londres.
O casamento rendeu frutos: William e Harry. Entretanto, apesar dos dois belos filhos, o relacionamento foi marcado por diversas polêmicas envolvendo traições, brigas e falta de sintonia.
A união, por sua vez, não durou. Contrariando a vontade da Família Real, Charles e Lady Di não queriam mais ficar juntos e se separaram em 9 de dezembro de 1992, com divórcio oficializado em 28 de agosto de 1996.
De acordo com a biógrafa, especialista na monarquia britânica Ingrid Seward, a criação do príncipe de Gales foi um dos fatores que levou o relacionamento ao fracasso. As informações foram publicadas na revista Vogue, em uma reportagem que foi ao ar em setembro de 2020.
No livro ‘Prince Philip Revealed', a Ingrid Seward relata que Charles não conseguia ser “tátil com sua própria esposa”. Segundo a autora, Diana teria falado sobre a infância do marido, considerada pela princesa de Gales como “pouco afetuosa”.
Para Lady Di, Charles tinha uma “retenção emocional”, que a princesa relacionava à falta de afeto por parte dos pais e familiares do príncipe, principalmente durante sua infância. “Diana calculou que se Charles tivesse sido criado da maneira normal, ele teria sido mais capaz de lidar com as emoções dele e dela", escreveu Seward.
Segundo a biógrafa, Elizabeth II não via os filhos com frequência, já que como rainha, a monarca cumpria com muitas obrigações e compromissos, além de fazer diversas viagens diplomáticas ao redor do mundo durante um longo período.
Segundo Seward, a relação era ainda mais complicada quando se tratava do pai de Charles, príncipe Philip. De acordo com a especialista na família real, o homem só compareceu a duas das primeiras oito festas de aniversário do menino.
Como revelou uma reportagem do UOL, o jornalista Penny Junor (biógrafo de Charles) afirma que as personalidades de ambos eram muito diferentes, o que poderia ser conflitante.
“Príncipe Philip é direto, franco, caloroso, durão e meio valentão. Ele não tem paciência com a busca de autoconhecimento do filho. A sensibilidade não é uma das qualidades que ele espera em um homem, e embora ele tenha grande afeição por Charles, ele passou uma vida o criticando e silenciosamente acabando com sua autoestima”, afirmou.
De acordo com a escritora, a princesa de Gales acreditava que a falta de amor durante a infância foi um fator crucial para que Charles desenvolvesse problemas para se relacionar com os outros, o que afetava inclusive, seu casamento com Diana. Para ela, os sentimentos do marido pareciam ter sido “sufocados no nascimento”.
“Ele nunca teve nenhum amor prático de seus pais. Só suas babás demonstravam afeto por ele, mas isso, como Diana explicou, não era o mesmo que ser beijado e acariciado por seus pais, o que Charles nunca foi. Quando ele conheceu seus pais, eles não se abraçaram: eles apertaram as mãos. Por causa de sua educação, ele não conseguia ser tátil com sua própria esposa. Ela disse: 'A única coisa que ele aprendeu sobre o amor foi apertar as mãos'”,
Ainda de acordo com Ingredi, para Diana, essa teria sido a única ‘lição’ que o príncipe de Gales teria aprendido com os pais sobre o amor: como dar um aperto de mãos.
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