O muro que separou a Alemanha Oriental e Ocidental se tornou símbolo da divisão política; veja 5 fatos sobre a construção
Isabela Barreiros com atualização de Penélope Coelho Publicado em 09/11/2019, às 08h00 - Atualizado em 13/08/2021, às 14h33
Durante a Guerra Fria, a Alemanha foi literalmente dividida através de uma barreira física que ficou mundialmente conhecida como o Muro de Berlim. A construção que teve início em 13 de agosto de 1961 há exatos 60 anos, se tornou um símbolo de divisão política da época, entre o capitalismo e o comunismo.
O lado Ocidental era capitalista e aliado dos Estados Unidos, enquanto o lado Oriental era socialista, aliado da União Soviética. Com cerca de 155 quilômetros de extensão, o objetivo da construção era impedir a fuga de cidadãos alemães de um lado para o outro.
Nos 28 anos em que esteve de pé, mais de 140 pessoas morreram na tentativa de escapar pelo Muro. Em 9 de novembro de 1989, a população local se reuniu para um ato simbólico de derrubada da construção, que desencadeou em um processo político que levou a unificação da Alemanha, em 1990.
Atualmente, ainda existe um trecho de mais de 200 metros do Muro, que hoje em dia é apenas um ponto turístico. Para relembrar a data, confira a seguir 5 curiosidades sobre o Muro de Berlim.
No começo, o Muro de Berlim foi construído a partir de materiais de construção, lajes de concreto e outros materiais comuns em instalações. No entanto, a medida que as pessoas tentavam ultrapassá-lo, a parede começou a ficar mais elaborada.
Em 1963, as autoridades alemãs adicionaram uma área que funcionava como uma espécie de fronteira atrás do muro. A fortificação foi reforçada com barreiras individuais. Além disso, eles colocaram um cano exatamente no topo do muro, o que fazia com que fosse praticamente impossível escalá-lo.
A região conhecida como Faixa da Morte era assustadora para qualquer alemão oriental que tentasse atravessar o muro. O trecho de 30 a 150 metros tinha uma linha de barricadas, holofotes, uma sinalização que acionava um alarme, minas enterradas e cercas eletrificadas.
Além de tudo isso, quem conseguisse passar pelas armadilhas intacto daria de cara com guardas armados que seguiam ordens para atirar em qualquer um que passasse a linha.
Algumas estimativas afirmam que mais de 200 pessoas morreram tentando ultrapassar o Muro de Berlim. Um grupo de pesquisa alemão, porém, afirmou que foram 138 mortes causadas pela parede.
Em 1961, Ida Siekmann, de 58 anos, pulou da janela de seu apartamento, que estava localizado a poucas quadras do muro, para tentar atravessá-lo e encontrar sua irmã do outro lado. Ela foi uma das primeiras a morrer tentando realizar a travessia. Além dela, muitos outros morreram por tiros de guardas.
Uma capela do século 19 chamada Igreja da Reconciliação foi dinamitada pelos alemães orientais. A capela protestante estava na região que seria a Faixa da Morte, portanto teve que ser derrubada para a construção da parede.
Muitas pessoas começaram a lascar a fortificação de concreto para levar de lembrança ou colocar em memoriais. No entanto, isso começou a virar um negócio.
Conhecidos como “mauerspechtes” (pica-paus do muro) , eles quebravam e arrancavam blocos inteiros da parede com picaretas e martelos. Você pode até comprar seu próprio pedaço do Muro de Berlim pela internet.
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