Inspiração para novo filme da Netflix, a relação das jovens em meio ao caos nazista é marcada por episódios confirmados
Wallacy Ferrari Publicado em 08/02/2022, às 15h41
Hannah Elisabeth Pick-Goslar, apelidada ainda na infância como Hanneli, viveu ao lado de uma das jovens mais notórias do século 20: Anne Frank, autora do diário mais conhecido sobre a vida durante o Holocausto. Hannah foi sua melhor amiga nos sete anos anteriores a invasão do exército de Adolf Hitler na Holanda.
Tal amizade inspirou um novo filme, lançado no início de fevereiro na plataforma de streaming Netflix, intitulado ‘Anne Frank, Minha Melhor Amiga’. Sabendo disso, o site Aventuras na História separou alguns fatos históricos pouco conhecidos com base em reportagem da revista Veja.
Confira 5 curiosidades sobre Hanneli Goslar, melhor amiga de Anne Frank:
Ambas se conheceram ainda na escola, em 1933 — pouco tempo depois de Adolf Hitler ser eleito pelo Partido Nazista. Os pais de Hanneli tentaram se mudar para a Inglaterra, sem sucesso, optando por tentar a vida em Amsterdã, na Holanda.
Por lá matriculada na 6ª Escola Primária de Montessori, conheceu a amiga que a acompanharia por anos, Anne Frank. Hoje, o colégio recebe o nome da última citada.
A ida para a Holanda decorria em um problema linguístico para ambas, que vinham da Alemanha — Hanneli de Berlim e Anne de Frankfurt. Por isso, sem conhecer outras colegas ou sequer conseguir dialogar, a proximidade se deu tranquilamente sendo as únicas que falavam alemão nativo.
Goslar não apenas mantém uma memória viva sobre os momentos que passou ao lado de Anne e suas características fisiológicas e sentimentais, mas também guarda alguns itens que compartilharam na época.
No primeiro dia de aula, a amiga foi recebida por um abraço de Frank, que pouco antes, brincava de fazer melodias com pequenos sinos pendurados no colégio. Hoje, estes sinos estão na residência de Hanneli.
Tanto Anne quando Hannah e seus familiares foram parar em campos de concentração nazistas; a família da sobrevivente conseguiu, por ter passaportes palestinos, ficar em uma sessão do campo de troca de Bergen-Belsen onde os episódios de violência eram menores do que no trecho ocupado pela família de Anne.
Hannah, junto a irmã Gabi, ficou 14 meses nos campos nazistas, e perdeu o pai e os avós maternos por doenças adquiridas dentro do espaço.
Fora resgatada por sobreviventes do Trem Perdido e passou a viver em Jerusalém após o fim da Segunda Guerra. Anne não teve a mesma sorte, falecendo no último ano de conflitos, na primeira metade de 1945, no campo de concentração.
Pouco antes do óbito da amiga, Hanneli conseguiu encontrá-la através de uma cerca que separava os setores do campo, quase como mostra o filme, que conta com licença poética. O encontro foi breve, mas Anne conseguiu pegar um pacote de pão, ameixas secas e meias jogadas através de uma cerca de arame farpado pela amiga, que recebeu os alimentos através da Cruz Vermelha.
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