Tensão após erupções devastadoras na Islândia continua, após a abertura de duas novas fissuras perto da cidade de Grindavík; novas erupções podem ocorrer a qualquer momento
Éric Moreira Publicado em 16/01/2024, às 08h51
Nos últimos dias, o Escritório Meteorológico da Islândia alertou que novas erupções ainda podem ocorrer na Península de Reykjanes nos próximos dias e semanas. Desde dezembro de 2023, a Islândia vem sendo palco de uma série de danos relacionados à erupções vulcânicas, que destruíram partes de suas cidades.
Segundo o Live Science, no último domingo, 14, duas novas fissuras apareceram ao sul do país, próximas à cidade de Grindavík, que expeliram lava que destruiu três casas, depois que uma intensa série de pequenos terremotos e deformações no solo foram registradas ainda nas primeiras horas do dia.
Pouco antes das 8 da manhã no horário local, explodiu lava da primeira fissura, que possui impressionantes 900 metros de comprimento. As autoridades pontuam ainda que uma segunda fissura, com apenas 100 metros, se abriu ao lado dessa primeira, também nos arredores de Grindavík. Confira algumas imagens da destruição recente:
I am devastated by todays event. I considered not posting images that show terrible tragedy to people’s homes. I want to make it clear that if there are any news outlets out there that need free content to raise awareness, let me know, nobody should make money on this! pic.twitter.com/CaNih72v6Z
— Bjorn Steinbekk (@BSteinbekk) January 14, 2024
Na última segunda-feira, 15, o Escritório Meteorológico da Islândia (IMO) divulgou uma declaração em que afirmava que o fluxo de magma da menor fissura perto de Grindavík parecia ter parado, enquanto na maior teria abrandado significativamente. No entanto, ainda existia fluxo de magma por baixo da cidade, alertam.
Não se pode excluir a possibilidade de novas fissuras se abrirem sem aviso prévio", afirma o IMO em comunicado. "Esse foi o caso ontem quando a fenda se abriu na fronteira de Grindavík. Nenhum sinal foi visto nos instrumentos de medição relacionados com aquela erupção em particular."
"Os dados do GPS mostraram-nos que há um aumento do fluxo de magma para a câmara e, portanto, existe a possibilidade de abertura de mais fissuras", reforça também Lovísa Mjöll Guðmundsdóttir, especialista em riscos naturais da IMO, ao Iceland Monitor.
Os recentes acontecimentos mais chocantes de erupções vulcânicas registrados na Islândia deram seus primeiros sinais ainda em novembro de 2023, depois que um um grande túnel subterrâneo de magma de 15 km surgiu em Sundhnúk, no nordeste da Península de Reykjanes, se estendendo até Grindavík, o que forçou a evacuação da região. A erupção de fato ocorreu em 18 de dezembro, e a atividade cessou em poucos dias.
Vale mencionar que as erupções na Península de Reykjanes já são conhecidas por fazerem parte de um ciclo vulcânico que pode durar até mil anos, bem como outras regiões da Islândia, que se encontra em uma área da Terra com grande atividade vulcânica naturalmente. Um exemplo é o vulcão Fagradalsfjall, que entrou em erupção em 2021, depois de cerca de 800 anos inativo.
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