Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, os 12 primeiros dias de maio na capital devem superar média registrada para um mês de maio desde 1991. Previsão é de chuva até domingo, 12.
Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 08/05/2024, às 14h06
Chuvas intensas assolam Porto Alegre e regiões próximas, com previsão de superar médias históricas para o mês de maio. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) estima que nos próximos cinco dias, até domingo, 12, os acumulados pluviométricos devem alcançar 125 milímetros, ultrapassando a média mensal de 113 milímetros registrada entre 1991 e 2020.
Os impactos já são visíveis, com a capital atingida por 208,1 milímetros de chuva apenas nos primeiros sete dias de maio, e importantes rotas de acesso e saída bloqueadas devido aos temporais das últimas semanas. O aeroporto Salgado Filho e a Rodoviária de Porto Alegre permanecem fechados por tempo indeterminado, enquanto partes da cidade sofrem com interrupções no fornecimento de água e energia, levando muitos residentes a buscar refúgio no Litoral e Interior.
Apesar dos transtornos já enfrentados, o estado do Rio Grande do Sul enfrenta novos desafios climáticos, com a previsão de mais chuvas intensas e queda brusca de temperatura a partir desta quarta-feira, 8.
Rajadas de ventos com velocidades de até 100 quilômetros por hora são esperadas, principalmente no sul do estado. A formação de um ciclone extratropical entre o Uruguai e a Argentina amplia as condições adversas, aumentando o risco de inundações, especialmente nas regiões já afetadas como a Serra e o Vale do Taquari.
A situação das cheias é crítica, com o Rio Guaíba em Porto Alegre mantendo-se acima da cota de inundação e sem previsão imediata de normalização. O transporte por balsas e lanchas entre São José do Norte e Rio Grande foi suspenso devido ao aumento do nível da Lagoa dos Patos, bloqueando rotas de acesso à capital.
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Os números da tragédia são alarmantes, com o último boletim da Defesa Civil reportando 100 mortos, 128 desaparecidos e 372 feridos devido aos temporais. Mais de 207 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas, afetando 401 dos 497 municípios do estado.
O perigo persiste com a movimentação das águas em direção ao sul do estado, onde alertas de tempestades extremas permanecem ativos devido à aproximação de um ciclone e uma frente fria.
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