Câmera acoplada ao corpo de um tubarão-elefante mostrou o momento em que o animal de 7 metros de comprimento colidiu com embarcação
Giovanna Gomes Publicado em 24/07/2024, às 12h17
Uma câmera acoplada ao corpo de um tubarão-elefante (Cetorhinus maximus) registrou pela primeira vez uma colisão entre um animal do tipo e uma embarcação. O incidente ocorreu em águas protegidas na costa da Irlanda e sugere que essas ocorrências são mais comuns do que se imaginava.
Um artigo descrevendo as novas descobertas foi publicado na revista científica Frontiers in Marine Science, nesta quarta-feira, 24.
Segundo informações do portal Galileu, os tubarões-elefantes são a segunda maior espécie de peixes existente, podendo atingir até 12 metros de comprimento, atrás apenas do tubarão-baleia. A espécie está listada como ameaçada de extinção pela União Internacional para Conservação da Natureza.
A Irlanda é um dos poucos países onde esses animais ainda se reúnem em grandes populações. O país criou leis específicas para garantir a segurança dos tubarões-elefantes, incluindo uma área de proteção de 70 mil acres no oceano, onde os tubarões migram sazonalmente para se alimentar e acasalar.
Muito semelhantes às baleias, esses peixes se alimentam de crustáceos na superfície da água, de modo que se tornam mais suscetíveis a colisões com barcos. Ao contrário dos mamíferos, vale destacar, os tubarões-elefantes afundam quando mortos, o que dificulta a avaliação de suas taxas de mortalidade.
Para estudar esses animais, pesquisadores da Irlanda e dos Estados Unidos acompanharam 20 exemplares da espécie com etiquetas que mapeavam e gravavam 12 horas do dia do animal.
A fêmea que sofreu a colisão tinha 7 metros de comprimento. Após a instalação do sensor e da câmera, o tubarão circulou pela superfície até registrar movimentos bruscos e evasivos, seguidos de um mergulho em direção às profundezas.
As imagens revelaram que o tubarão foi atingido por um barco pesqueiro. “Esta é a primeira observação direta de um ataque de navio a qualquer megafauna marinha que temos conhecimento”, afirmou Taylor Chapple, um dos autores do artigo.
Embora não apresentasse ferimentos abertos aparentes, havia marcas de tinta e uma mancha vermelha na pele do tubarão. Ferimentos internos, difíceis de identificar pela câmera, também são possíveis.
A fonte destaca que os impactos com embarcações nem sempre são imediatamente letais, mas podem ter consequências de curto e longo prazo. Os pesquisadores contam que, após a colisão, o tubarão permaneceu parado por sete horas, até que a câmera fosse desligada, não permitindo confirmar se o acidente foi fatal.
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