Deibson Cabral Nascimento (esq.) e Rogério da Silva Mendonça (dir.) - Reprodução
Mossoró

Veja quem são os presos que fugiram do presídio de segurança máxima em Mossoró

Ligados ao Comando Vermelho, presidiários conseguiram fugir da Penitenciária Federal de Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte, no último dia 14

Thiago Lincolins Publicado em 19/02/2024, às 12h12 - Atualizado às 12h13

Uma fuga que mais se parece com roteiro de filme de ação preocupa as autoridades de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Na última quarta-feira, 14, dois presidiários fugiram da Penitenciária Federal, configurando a primeira fuga desde a criação do sistema penitenciário federal. 

Tudo começou quando os criminosos em questão utilizaram barras de ferro da estrutura da cela como ferramentas para expandir uma abertura na esquadria, que, até então, apresentava uma luminária, revelou o programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo, 19. A abertura tem as dimensões 20x70cm. 

Como resultado, conseguiram acesso à laje de cobertura da penitenciária. No local, encontraram contaram com a sorte: acima da laje existe apenas um teto com telhas feitas em fibrocimento. Assim, as afastaram e conseguiram chegar a cobertura do prédio. 

Depois, teriam conseguido descer por um poste próximo à cobertura. Inclusive, o local pelo qual fugiram conta um canteiro de obras atualmente. 

Além de a câmera de segurança do trajeto não funcionar, os refletores do poste próximo estavam desligados. Ao mesmo tempo, os refletores da área externa, próximos do local da escapada, também não funcionavam.

Os presos

Os criminosos em questão se chamam Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, explica o portal de notícias G1. Na ficha criminal, constam crimes graves como roubo, homicídio, tráfico de drogas, latrocínio e associação com organização criminosa.

Rogério, apelidado de Querubin, encarou 74 anos de prisão. Ele, que tem 35 anos,  precisa responder a mais de 50 processos, que envolvem homicídio e furto. Em entrevista ao portal de notícias UOL, a avô do criminoso, Tereza Padilha Silva, pediu que ele se entregue a polícia e cumpra a pena. Para ela, é a única maneira dele sobreviver. 

Já Deibson, apelidado de Tatu ou Deisinho, tem o nome associado a mais de 30 processos, que envolvem roubo, tráfico de drogas e associação com organização criminosos. Encarou a condenação de 81 anos de prisão. 

Presos em setembro do último ano na Penitenciária Federal, ambos são ligados ao Comando Vermelho. Inclusive, foram transferidos para o local após uma rebelião ocorrida no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, localizado em Rio Branco. O episódio terminou com a morte de cinco presos. 

Lula se manifesta

Ainda desaparecidos, eles ocupam a lista de fugitivos da Interpol. Durante conversa com a imprensa em Addis Ababa, na Etiópia, o presidente Lula se manifestou sobre a fuga dos presos.

Para Lula “teoricamente parece que teve a conivência com alguém do sistema lá dentro". O presidente, entretanto, enfatizou que não pode acusar ninguém "eu sou obrigado a acreditar que uma investigação que está sendo feita pela polícia local, pela Polícia Federal, nos indica amanhã ou depois de amanhã o que aconteceu no presídio de Mossoró”.

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