Mary Rose era um dos navios de guerra Tudor do século XVI
Redação Publicado em 27/03/2019, às 13h41
Descoberto em 1965 pelo agente do Departamento Britânico Alexander McKee, o navio Mary Rose, da dinastia Tudor, foi um dos primeiros a serem construídos para o disparo de artilharia simultânea. Afundando acidentalmente durante um encontro com a frota francesa em 1545, o Mary Rose foi trazido do fundo do mar em fins do século XX juntamente com mais de 19 mil artefatos, e seus objetos e casco encontram-se em exibição no estaleiro naval de Portsmouth, Inglaterra.
Pesquisas recentes, realizadas por pesquisadores das universidades de Cardiff e Portsmouth, revelaram que a tripulação a bordo do navio de Henrique VIII era proveniente, majoritariamente, do Mediterrâneo e Norte da África. A estrutura óssea e o DNA de 10 esqueletos analisados demonstrou que quatro deles eram provenientes do sul da Europa, e um parece ter vindo do Marrocos ou da Argélia, lançando nova luz sobre a composição étnica da marinha Tudor.
O navio Mary Rose afundou em 1545 durante uma batalha naval contra os franceses, levando consigo entre 400 e 600 tripulantes. Segundo o Dr. Nick Owen, que liderou a equipe da Universidade de Swansea na análise de imagens tridimensionais de restos mortais do navio, "a estrutura óssea de um dos crânios se relaciona a características do norte da África, e as evidências de DNA parecem confirmar isso". Segundo o pesquisador, é mais fácil identificar características faciais de pessoas do século 16 do que atualmente, pela pouca mobilidade da população mundial na época: "Henry, como o nomeamos, tinha uma larga ponte nasal e ossos que são mais parecidos com esqueletos encontrados no Marrocos ou na Argélia do que com os da população britânica do século 16".
Analisando isótopos de oxigênio dentários e níveis ósseos de enxofre, nitrogênio e carbono, a equipe descobriu que Henry foi criado no sul da Inglaterra.
A causa precisa do naufrágio de Mary Rose nunca foi identificada, embora a teoria mais aceita seja a de que modificações feitas no navio em 1536 o deixaram mais pesado, permitindo assim a entrada de água por portas que se abriam durante a batalha.
A análise dos restos mortais também revela que a tripulação do navio era mais bem alimentada do que a média da população à época, mas devido à falta de variedade em sua dieta, a maioria sofria de condições como raquitismo e escorbuto. Alguns dos esqueletos também apresentaram anormalidades ósseas nos braços, o que sugeria a utilização de arcos nas batalhas.
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