Tio dos irmãos Menendez não quer que os sobrinhos saíam da prisão: 'Erro'

Na última quinta-feira, 24, o procurador distrital do Condado de Los Angeles, George Gascón, afirmou que vai recomendar a reavaliação das sentenças de Erik e Lyle Menendez, o que causou insatisfação em um familiar das vítimas.

Assim, os irmãos, que cumprem penas de prisão perpétua pelo assassinato dos próprios pais, José e Kitty Menendez, ocorrido em 1989, podem deixar a cadeia.

Milton Andersen, irmão de Kitty e hoje com 90 anos, expressou sua insatisfação através de sua advogada, Kathleen Cady. Em declaração à revista People, Cady afirmou que Andersen está incrédulo com a recomendação de Gascón.

O Sr. Andersen acredita firmemente que o veredito correto foi dado, e a sentença correta foi imposta. Ele está extremamente desapontado que o Sr. Gascón vá fazer essa recomendação e espera que o juiz não a aceite", declarou a advogada. "Ele considera isso um erro do judiciário".

Ela declarou que a decisão de Gascón, que disputa à reeleição este ano, um ato desesperado para "salvar sua carreira política". 

Na quinta-feira, 24 de outubro, Gascón revelou sua intenção de solicitar a um juiz do Tribunal Superior de Los Angeles a reavaliação da pena dos irmãos Menendez para prisão perpétua com possibilidade de liberdade condicional. Com a aprovação, Erik e Lyle poderiam ser imediatamente elegíveis para liberdade condicional.

Os crimes

Os crimes, retratado em recentes produções da Netflix, ocorreram quando Lyle tinha 21 anos e Erik 18. Os irmãos utilizaram espingardas calibre 12 para executar seus pais na casa da família em Beverly Hills, no dia 20 de agosto de 1989.

Os irmãos alegaram que os assassinatos foram motivados por anos de abuso sexual cometidos por José e ignorado pela mãe.

No entanto, promotores na época argumentaram que o verdadeiro motivo dos irmãos era a ganância, apontando para os gastos extravagantes após os homicídios.

Em 1996, três anos após um primeiro julgamento terminar sem veredito unânime, Erik e Lyle foram condenados por assassinato em primeiro grau e sentenciados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.