Em resposta ao ataque contra Evanilson de Souza, o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que o caso será investigado
Pamela Malva Publicado em 11/02/2021, às 14h30
Na última terça-feira, 9, o tenente-coronel Evanilson de Souza, da Polícia Militar de São Paulo, fazia uma palestra online quando sofreu ataques racistas. Dias depois, em seu Twitter, o governador do estado, João Doria, repudiou o crime, na quinta-feira, 11.
“Inadmissível! Meu repúdio a este crime inaceitável”, comentou o político. Na mesma publicação, Doria ainda afirmou que “o caso está sob investigação” e que determinou o “empenho total da polícia civil para identificar e punir os criminosos” responsáveis.
Tudo aconteceu durante uma transmissão online sediada pelo Instituto de Relações Internacionais da USP. Enquanto falava exatamente sobre o programa de combate ao racismo dentro da Polícia Militar, Evanilson de Souza foi hostilizado por participantes.
"Primeiro, interromperam com áudios que deixaram minha fala inaudível”, explicou o tenente-coronel ao UOL. “Depois, começaram a fazer uma pichação nos slides que eu tinha compartilhado”. Nesse momento, a palavra "macaco" apareceu na tela.
Segundo comunicado da USP, a interferência na apresentação aconteceu diante um público de mais de dois mil alunos. Entre os espectadores, estavam agentes de Segurança Pública de todo o Brasil e de países vizinhos. Por isso, inclusive, seria complexo identificar quem cometeu o “ataque de racismo”, como classificou Evanilson.
Ainda em nota, a Universidade de São Paulo afirmou que repudia os crimes considerados inaceitáveis que ocorreram na sessão. A Polícia Militar do estado, por sua vez, disse ser completamente "contra toda forma de discriminação étnico-racial”.
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